A Redação
Goiânia - A situação do mercado de luxo, como de tantas outras áreas, foi afetada pela atual crise que o mundo passa devido à pandemia do novo coronavírus. O CEO da MCF Consultoria, Carlos Ferreirinha, conversou com o presidente do LIDE Futuro em Goiás, Lucas D’Alcantara, em uma transmissão ao vivo no Instagram do LIDE Goiás e comentou sobre o atual cenário.
Ele pontuou que os principais mercados produtores deste ramo estão parados. “Países, como França, Alemanha, Itália e outros sentem neste momento todo o impacto da crise. O continente asiático, o principal mercado consumidor do mundo - principalmente a China- estão também em compasso de espera. Para se mensurar, a China representa entre 48 a 50% do consumo das marcas de luxo”, revela.
Outros pontos levantados no debate foram o fechamento das fronteiras e as dificuldades em viajar. Ambos os fatores também influenciam negativamente nas vendas. “As marcas de luxo já admitem uma queda entre 42 e 60% nas vendas. O crescimento que vinha sendo grande nos últimos anos já está comprometido”, explica. Porém, Ferreirinha revela que este mercado possui uma grande capacidade de se reinventar e encontrar caminhos alternativos e não ficar no prejuízo.
O turismo de luxo, como em Portugal, França, Espanha e outros também foi abalado. E neste contexto, a aviação comercial mundial está sendo desmontada, o que certamente trará efeitos para o mercado global.
Apenas em 2019, o mercado de luxo movimentou no Brasil R$ 26 bilhões, segundo a Consultoria Euromonitor International. A tendência para este ano é de queda.
Oportunidade
Para o CEO, o Brasil pode aproveitar este momento para desenvolver seus produtos e tentar ganhar parte deste mercado das grandes marcas mundiais de luxo. “Porém, há ainda que se aperfeiçoar em termos de qualidade e capacidade de produção em escala. As marcas brasileiras têm uma janela de oportunidades. Já que os brasileiros consumidores deste nicho, sem poder viajar como antes, podem descobrir aqui produtos de luxo”, pontua.