A Redação
Goiânia - O Centro Internacional de Negócios da Fieg divulgou, nesta terça-feira (9/6), análise dos números da balança comercial goiana. Com um incremento de 19,7% em relação a abril e de 92,7% na comparação com maio/2019, o saldo entre exportações e importações goianas apresentou superávit de cerca de US$ 545 milhões no último mês.
Em maio, as exportações apresentaram aumento de 25,7% na comparação com o mês de abril, fechando em mais de US$ 823 milhões negociados. Soja in natura, carnes e minérios foram os produtos mais comercializados por Goiás no exterior.
As exportações para a China, que se consolida como o principal destino da produção goiana, dobraram no último ano. Em maio, mais da metade do que foi exportado pelo Estado teve como destino o país asiático, que respondeu por US$ 456,9 milhões do total negociado.
Com o resultado, Goiás recuperou a 8ª posição no ranking de Estados exportadores, alcançando 4,59% de participação no intercâmbio comercial brasileiro.
Já as importações apresentaram incremento de 39,4% em maio em relação ao mês anterior, recuperando a queda sofrida em abril. Entretanto, quando comparadas a igual período do ano passado, a variação é negativa em 9,3%. No total, Goiás importou cerca de US$ 279 milhões em mercadorias.
Os produtos importados pelo Estado vieram, sobretudo, da China, Alemanha e dos Estados Unidos e estão relacionados principalmente a insumos para indústrias do setor farmacêutico, como desdobramento da pandemia do coronavírus.
Com o resultado, Goiás passou a ocupar o 10º lugar do ranking nacional de Estados importadores, com fatia de 2,08% de todo o valor negociado.
Na avaliação da coordenadora do CIN/Fieg, Johanna Guevara, os números da balança comercial comprovam a importância do agronegócio para Goiás, além de revelar forte vínculo com a economia chinesa. “Esse crescimento do intercâmbio por um lado fragiliza a balança comercial goiana, deixando-a extremamente dependente da China”, observa.
Nesse sentido, Johanna reforça a importância de políticas que promovam a industrialização dos grãos em Goiás, em alinhamento aos eixos estratégicos defendidos pela atual gestão da Fieg. “A soja in natura representa 43% de tudo que é exportado pelo Estado. É matéria-prima que se industrializa, gerando emprego no exterior”, afirma.