A Redação
Goiânia - O Polo de Inovação do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), em Rio Verde, se prepara para sediar o segundo centro de excelência do Estado, o Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre). A proposta é fortalecer a vocação agrícola goiana por meio de projetos de pesquisa aplicada capazes de levar tecnologias exponenciais ao campo e agregar valor aos produtos. As atividades do Centro tiveram início em março.
A iniciativa partiu do Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), e do Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde, que vão contar com a parceria da Prefeitura de Rio Verde, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) lançado no ano passado pelo Governo de Goiás, por meio da Fapeg e Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e o Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás. O Ceia e o Ceagre vão desenvolver projetos de pesquisa em conjunto.
Segundo o presidente da Fapeg, Robson Vieira, “a Fundação está entrando para potencializar a infraestrutura do parque tecnológico do IF Goiano de Rio Verde, primeira unidade Embrapii em Goiás”. Além da infraestrutura de pesquisa com laboratórios, salas e equipamentos já instalada e do quadro de profissionais existente no parque científico e tecnológico do IF Goiano, o Ceagre contará com um prédio que está sendo construído no centro da cidade de Rio Verde para o funcionamento do hub de negócios, uma espécie de vitrine para os negócios e onde acontecerão os shows cases para demonstrar os conceitos e tecnologias aplicados à agropecuária.
As obras estão aceleradas com o apoio da Prefeitura de Rio Verde, que cedeu a área. Além destas duas estruturas, o Ceagre vai dispor de uma área de 400 mil hectares conectados (fazenda) que funcionará como um grande laboratório a céu aberto, onde serão validadas as tecnologias exponenciais desenvolvidas.
Investimento
Ao longo de cinco anos, o Governo de Goiás vai liberar um total de R$ 15 milhões para fomentar a realização dos projetos, destes, R$ 9 milhões, serão aportados para o fomento inicial de 100 bolsas de pesquisa nas mais diversas modalidades: mestrado, doutorado, técnico, graduação, pós-doc, de iniciação científica, pesquisador visitante, entre outras. “Queremos formar um novo agrônomo, um novo técnico na área de economia que domine as tecnologias exponenciais e não seja apenas um profissional que saiba trabalhar no campo”, disse Vieira.
O acordo prevê ainda a captação de outros R$ 35 milhões provenientes de outras instâncias do setor público e privado, totalizando um investimento de R$ 50 milhões.
O projeto contará com a participação de pesquisadores especialistas em redes, sensores, automação durante os cinco anos de operação. Nesse contexto de Big Data, algoritmos, conectividade 4G/5G e LoRa para logística e rastreabilidade, drones, tratores e outros dispositivos autônomos, biotecnologia, Internet das Coisas e Inteligência Artificial, o Ceagre estará preparado para fazer a transformação digital no campo. O Centro terá, também, a preocupação em desenvolver soluções de baixo custo que possam ser incorporadas no dia a dia de pequenos e médios produtores rurais visando aumentar a competitividade, maximizar a produtividade, aumentar a qualidade, reduzir gastos e riscos.