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Webinar da FGV

Transformação digital e o "novo futuro" são temas de debate on-line

Jeanne Ross dá dicas de como se adaptar | 23.11.20 - 14:04 Transformação digital e o "novo futuro" são temas de debate on-line (foto: Reprodução/Zoom)
Jéssica Torres

Goiânia - 
A Fundação Getulio Vargas (FGV) realizou, nesta manhã de segunda-feira (23/11), o webinar "Transformação Digital: as perspectivas para o novo futuro". Os debates foram gratuitos e on-line, disponíveis pela plataforma Zoom. 

A primeira palestra abordou como tema central: "Transformação Digital: perspectivas filosófica, econômica e histórica". Já o segundo debate trouxe a palestra "Digital Is All About Speed But It Takes a Long Time", traduzindo: "O digital tem tudo a ver com velocidade, mas leva muito tempo".
 
O evento levantou a discussão sobre as mudanças que o digital está trazendo para os negócios. Além disso ,discorreu do porquê é considerado difícil para as empresas estabelecidas se adaptarem a essas mudanças. Os debatedores, Jeanne W. Ross, co-fundadora e ex-editora-chefe da MIS Quarterly Executive e Alberto Luiz Albertin, coordenador do FGVcia, analisaram como as organizações embarcam em uma transformação digital.

Jeanne Ross contou sobre sua experiência na área, e que pesquisas tiveram início há seis anos. Nelas, foi possível estudar este processo de transformação digital. Segundo ela, de lá pra cá verificou-se que apenas 1/4 das empresas passaram pela chamada digitalização. 
 
Segundo ela, o digital está sempre relacionado à velocidade e que, durante o século 21, todos passaram por mudanças significativas, como por exemplo, a nuvem de dados, a biometria e a comunicação móvel. Depois vieram a Internet das Coisas e outras novidades. "A realidade é que leva bastante tempo para mudar", diz.

Jane cita que alguns setores já percebem, mais que outros, uma necessidade de mudança como, por exemplo, fabricantes de automóveis. "Não basta só vender, aos poucos é possível perceber a necessidade de trazer também soluções aos clientes", afirma. "Em Boston, onde vivo, por exemplo, não queremos mais carros, as grandes metrópoles estão lotadas. Já há discussão de transporte coletivo, compartilhado. É preciso pensar em outros formatos", acrescenta.

Ela também cita empresas farmacêuticas, que devem procurar um caminho onde consigam gerar renda e ao mesmo tempo diminuir o consumo de medicamentos. Todos setores, em diferentes momentos, segundo a especialista, precisarão passar por um processo de adaptação.

A especialista explica que um dos principais pontos que uma empresa pode adotar para alcançar a transformação digital é mudando a estrutura hierárquica convencional. "Basicamente, as pessoas que ocupam cargos maiores deixam de dizer aos demais o que fazer. Nesta nova perspectiva, estes líderes devem dar maior autonomia para os funcionários pensarem juntos e trazerem soluções. Eles desafiam a equipe e este alinhamento fortalece. Este é o futuro", destaca.

Como se trata de uma mudança de cultura e hábitos, não é um processo simples, segundo os medidadores. Por isso, Jane indica que para aquelas empresas que desejam começar este processo, iniciem criando pequenas competições. "Seria estilo uma feira de ciências, onde você pede para pessoas trazerem ideias novas e digitais para seu negócio, e os selecionados desenvolvem, por exemplo, por três meses junto à empresa este projeto e verificam se está dando resultado. Indico começar de forma pequena e sem investimentos gigantescos para não haver frustração, e ao mesmo tempo você segue seu modelo convencional de gerar renda até lá", orienta.

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