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Agronegócio

Levantamento aponta salto de 21,3% na produção de grãos em Goiás

Dados são da Conab | 11.11.21 - 16:48 Levantamento aponta salto de 21,3% na produção de grãos em Goiás (Foto: reprodução/ goias.gov.br)A Redação

Goiânia
Levantamento da safra de grãos 2021/2022 divulgado nesta quinta-feira (11/11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta estimativa de aumento da produção, da produtividade e da área plantada de grãos no Estado. Na comparação com a safra 2020/2021, a produção deve atingir 28,8 milhões de toneladas (+21,3%); a produtividade, 4,5 toneladas por hectare (+16,2%); e a área plantada, 6,5 milhões de hectares (+4,4%).
 
“Os dados da Conab confirmam a expectativa positiva que o setor tem para a nova safra, após um ciclo complicado do ponto de vista do clima. Com esses resultados, Goiás mantém o quarto lugar entre os Estados que lideram a produção de grãos no País, respondendo por quase 10% da produção nacional de grãos”, afirma o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça. Segundo a Conab, Goiás deve ficar com uma fatia de 9,9% da produção total de grãos no Brasil.
 
Principal produto da pauta agro goiana, a soja tem previsão de crescimento de 2,9% em produção. O volume total colhido deve ultrapassar 14,1 milhões de toneladas na safra 21/22, contra 13,7 milhões na safra 20/21. O levantamento da Conab informa que, em Goiás, graças aos índices elevados de chuvas, o plantio avançou em velocidade acima da média histórica: 55% da área destinada à cultura já havia sido semeada no início da última semana de outubro, sendo que em Rio Verde, Jataí e Montividiu esse percentual subia para 70%.
 
Além da soja, a expectativa é de aumento de produção em 7 dos 13 produtos pesquisados em Goiás: girassol (69,0%), milho 2ª safra (64,6%), trigo (39,9%), sorgo (26,6%), algodão em caroço (22,8%), algodão em pluma (22,7%) e feijão 2ª safra (4,6%). O Estado deve registrar estabilidade ou redução no volume de grãos produzidos em feijão 1ª safra (-13,6%), feijão 3ª safra (-6,1%), milho 1ª safra (-1,2%), arroz sequeiro (-0,8%), arroz irrigado (-0,6%) e gergelim (0,0%).
 
Brasil
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, a produção nacional de grãos deve crescer 14,7% e atingir 289,8 milhões de toneladas na safra 2021/2022. A expectativa para a área total semeada no País é de 71,8 milhões de hectares, aumento de 4,1% em relação ao último ciclo. Com um volume previsto de 142 milhões de toneladas, o Brasil deve manter a posição de maior produtor e exportador mundial de soja. Entre as principais culturas, há previsão de aumento também na produção de milho, algodão e feijão.
 
LSPA
Nesta quinta-feira foi divulgado ainda o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A LSPA indica que a produção goiana de cana-de-açúcar deve registrar recuo (5,4%) na safra atual, com volume de 72,7 milhões de toneladas. A previsão é de decréscimo também no café arábica (-8,8%) e no tomate (-4,5%). Já os cultivos de laranja (12,4%), uva (11,0%), mandioca (10,9%) e banana (5,4%) devem crescer no Estado, na comparação com a última safra.
 
Estocagem
Outro dado divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira foi o de estocagem. Segundo o Instituto, Goiás avançou 18,4% em quantidade estocada no primeiro semestre de 2021. Foram 4,6 milhões de toneladas de grãos estocados nos primeiros seis meses deste ano, contra 3,9 milhões no mesmo período de 2020. Rio Verde ocupa a quarta posição entre os municípios brasileiros com maior quantidade estocada — atrás apenas de Rio Grande (RS), Ponta Grossa (PR) e Sorriso (MT). As 700,1 mil toneladas estocadas em território rio-verdense no primeiro semestre de 2021 representam uma alta de 45,9% em relação ao mesmo período do ano passado e configuram um recorde para o município, tendo em vista a série iniciada em 2007.
 
Jataí ocupa a 12ª posição no ranking de estocagem dos municípios brasileiros, com 542,8 mil toneladas. Em nível estadual, as três primeiras posições são de Rio Verde, Jataí e Cristalina (273,4 mil toneladas).

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