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Confiança do comércio

"Goiás pode se destacar no momento de crise", diz consultor da Fecomércio

Pesquisa aponta moral elevada do empresário | 04.03.22 - 11:57 "Goiás pode se destacar no momento de crise", diz consultor da Fecomércio De acordo com o consultor Bruno Ribeiro, da Fecomércio Goiás, "a moral do empresário está elevada" neste momento (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)Augusto Diniz

Goiânia
- "Goiânia e Goiás podem estar bem mais preparados para se destacar neste momento de crise." O otimismo do consultor de economia e investimento da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Bruno Ribeiro, apresentado na manhã desta sexta-feira (4/3) em palestra na sede da entidade, em Goiânia, se baseia nos números do comércio verificados em pesquisa realizada pela entidade em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

"Percebemos que o empresário goiano está consciente do momento de dificuldades, inclusive de crédito, o que é muito relevante, e, por outro lado, mantém o otimismo. O que é fundamental, porque é ele quem puxa a economia, não só do Estado, mas da localidade, o que reflete na economia do País."

Mesmo com o impacto na economia causado pela pandemia da covid-19 e, desde a semana passada, a invasão da Rússia ao território ucraniano, no leste europeu, Bruno Ribeiro destacou como Goiás tem se tornado cada vez mais revelante para o Produto Interno Bruno (PIB) nacional. "Em 2019, o crescimento do PIB goiano foi quase o dobro do Brasil", lembrou o consultor. Naquele ano, Goiás registrou alta de 2,2% no PIB do Estado, enquanto o País somou 1,2% de alta.

Um dos pontos usados pelo consultor da Fecomércio para sustentar a manutenção do otimismo no setor empresarial goiano está no índice de endividamento das familias em Goiânia, que "é muito mais baixo do que a média que vemos em outras capitais", de acordo com dados da pesquisa CNC/Fecomércio-GO. Enquanto a capital goiana registra 54,3%, o percentual já se aproxima dos 80% na média das capitais.


O índice de endividamento das familias em Goiânia "é muito mais baixo do
que a média que vemos em outras capitais", destacou o consultor
da Fecomércio Goiás, Bruno Ribeiro (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)

Confiança na turbulência
Ribeiro assume que o momento é de "perspectiva bem turbulenta", mas disse entender que o cenário é de manutenção da confiança do empresário, que se apresentou mais alta em fevereiro deste ano.

O indicador que aponta o momento desafiador para o comércio é a alta da taxa básica de juros, que saltou de 2% para 10,75% no intervalo de um ano, e que pode ultrapassar os 12% em 2022. "Aumentar os juros é como fazer quimioterapia", comparou o consultor, ao lembrar que trata-se de um tratamento bastante pesado, mas necessário. "Isso reduz o poder de compra das famílias e desfavorece o empresário. [...] O índice de consumo das famílias teve uma baixa, mas se manteve estável", pontuou.

Entre os fatores que justificam o otimismo do setor empresarial em Goiás está a alta do preço das commodities, que segue em disparada. Outro ponto é a percepção do comércio goiano diante da atual situação da economia brasileira, com o maior grupo, 38,7%, com percepção de um pouco de melhora, nos dados do levantamento CNC/Fecomércio-GO. Na pesquisa, 45% dos negócios apontaram que a atividade melhorou um pouco, assim como as condições da empresa, com índice de 47,6%.


"O empresário mais confiante contrata mais, compra mais de outras empresas,
o que faz um giro maior de recursos", observou Bruno Ribeiro,
consultor da Fecomércio Goiás (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)

Expectativa econômica
De acordo com a pesquisa CNC/Fecomércio-GO, a expectativa dos empresários para a economia brasileira é de 47,7% para melhorar um pouco em 2022. A visão do comércio é de algum avanço para 48,9%. Para as empresas, a esperança de 48,7% dos negócios aparece como "melhorar um pouco" neste ano.

Na comparação com fevereiro de 2021, a o íncide de confiança do empresário do comércio subiu de 113,5 para 119,3 no mês de 2022. Quando observada a expectativa de contratação de funcionários, 60,9% esperam aumentar um pouco a equipe e 10% elevar muito o número de contratações. Somados, os dois grupos representam 70,9% do empresariado goiano, de acordo com os dados do levantamento realizado pela Fecomércio em parceria com a CNC.

"O empresário mais confiante contrata mais, compra mais de outras empresas, o que faz um giro maior de recursos", observou Bruno Ribeiro. De acordo com o consultor da Fecomércio, "a moral do empresário está elevada" neste momento. 

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