A Redação
Goiânia - Com o objetivo de colher dados e informações para futuras negociações de importação de bovinos vivos para reprodução e abate, uma delegação da Indonésia esteve no município de Abadiânia, região leste do estado. A visita ocorreu na segunda-feira (19/12) e teve a supervisão da Agência Goiana de Defesa Agropecuária. Servidores da pasta acompanharam o grupo até uma fazenda especializada em confinamento de bovinos ao longo de todo o ano.
Na ocasião, a Agropecuária Mariká, serviu como uma grande sala de aula, na qual os indonésios puderam esclarecer dúvidas sobre
a criação de bovinos no Brasil, entrando em temas como a terminação de animais para abate e as unidades de armazenamento, como o Frigorífico Minerva. A intenção foi reunir informações que ajudarão, posteriormente, na decisão sobre futuras aquisições de bovinos vivos em Goiás.
A delegação foi acompanhada pelo ministro-conselheiro da Embaixada da Indonésia no Brasil, Gopokson Situmorang e também pelos auditores fiscais federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gustavo Bracalg e Jorge Caetano Júnior. Da Agência Goiana de Defesa Agropecuária participou o médico veterinário Ricardo Ribeiro Alves, da Unidade de Atenção Veterinária, em Anápolis. Também estiveram presentes o diretor da VFL, Edson Castelano e o representante do Frigorífico Minerva e da Associação Brasileira de Exportadores de Gado, Gustavo Marcos.
Gopokson Situmorang explicou que o grupo está no Brasil conhecendo os sistemas de produção de cada região. A missão é composta por duas equipes, e enquanto uma conheceu fazendas pecuárias no Paraná, Minas Gerais e em Goiás, a outra visitou propriedades no Norte do Brasil. São médicos veterinários, técnicos da área governamental e empresários, com múltiplos conhecimentos em questões sanitárias dos animais, mercado externo e avaliação de dados técnicos, com capacidade para orientar a importação futura de bovinos.
Agropecuária Mariká
Além das informações técnicas, os integrantes da comitiva conheceram toda a estrutura da Mariká, como currais de recepção e manejo de animais com balança, currais de recria e engorda, reservatórios de água, indústria de ração, área de produção de silagem, malha rodoviária para acesso à propriedade e outros pontos de interesse.
“A nossa percepção é que, neste primeiro momento, eles estão avaliando a questão da sanidade e os processos de criação, e
também o potencial de exportação dos pecuaristas brasileiros”, afirmou o médico veterinário Ricardo Alves, que representou a Agrodefesa.