A Redação
Goiânia - Enquanto os grandes bancos de varejo reclamam por perdas em uma economia pós pandemia, as gigantes de tecnologia seguem com suas estratégias de penetração no mundo financeiro. Com um plano muito bem estruturado, a Apple parte para cima dos investidores oferecendo uma espécie de poupança, que vai render em média dez vezes mais que outros produtos de grandes instituições norte-americanas.
“O plano é atrair os investidores insatisfeitos com o mercado convencional, que mal consegue igualar o nível de desvalorização do poder de compra do capital em questão”, explica Rogério Vieira, chefe executivo de Desenvolvimento Tecnológico da I.P. Naskar Bank, uma empresa brasileira oriunda do setor tecnológico, com atuação na América do Sul e que segue essa trilha há quase três anos.
O executivo destaca que o Twitter, que recentemente mudou seu nome de mercado para X CORP, também aponta na mesma direção do mundo novo financeiro, cada vez mais colonizado pelas empresas de tecnologia. A seguir, entrevista com Rogério Vieira, que explicou esses movimentos e quais são as oportunidades de para os clientes no setor financeiro.
É uma tendência a migração das big techs para o mercado financeiro?
Sim. Com certeza. As Big Techs e neste ponto já podemos inclusive incluir a META (ex-facebook) que dedica todas as suas forças em ampliar o alcance do metaverso assim como suas funcionalidades, (diversão, trabalho, interação e cooperação). Quando falamos de Metaverso falamos de um mundo totalmente novo que permite a crianção inclusive de um sistema financeiro paralelo, para servir a esse mundo digital, tal sistema financeiro ganha relevância com a expansão do Metaverso. Logo vamos ouvir falar de muitos MetaBanks que só existem dentro do MetaVerso transacionando dentro de um sistema financeiro digital, feito para o mundo digital.
Quais são as vantagens deste movimento para os clientes? O que eles ganham com isso?
No mundo financeiro, assim como em outros segmentos, quanto temos algo novo, existe fomento natural das empresas para acelerar a adesão dos clientes a essa nova cultura, serviço ou aplicação de um produto específico. No caso do produto financeiro da Apple em parceria com o Goldman Sachs com rendimentos acima da média praticada no mercado, tende com o tempo a se nivelar dentro das médias, tudo no mercado de capitais após se deslocar das médias tem um movimento natural de retorno para dentro das médias. Isso é algo normal, uma vez que quanto mais popular um produto financeiro se torna mais ele consegue crescer organicamente sem depender desse Push inicial. Em resumo, os primeiros a investirem em novos modelos de investimento garantem essas políticas de remuneração agressivas por mais tempo.
Dentro deste novo cenário, existem oportunidades para pequenos e médios investidores?
Com toda certeza. Quando observamos a ambição de um determinado segmento ganhar relevância dentro do mundo financeiro como as empresas de tecnologia tem feito, isso só é possível ganhando popularidade e para isso é necessário atuar e oferecer seus produtos dentro de todas as esferas sociais. Hoje em dia nada no mercado de capitais consegue se tornar tendência sem atingir todos os niveis de investidores. E esse DNA as Big techs possuem. Instagram e WhatsApp são exemplos disso, oferecem ferramentas e serviços para empresas que faturam R$500,00 ao mês e para as que faturam milhões.