Mônica Parreira
Goiânia – Com mais de 100 leitos ocupados, o Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental, em Goiânia, passa por dificuldades financeiras. Segundo o presidente voluntário da unidade, Sérgio Haas, há 90 dias a prefeitura não realiza o repasse mensal para manter a entidade filantrópica em funcionamento. O valor já ultrapassa a marca de R$ 1,5 milhão, prejudicando o pagamento do salário de alguns funcionários e a aquisição de insumos.
A unidade é especializada no atendimento psiquiátrico e tem capacidade para receber até 130 pacientes. Há aproximadamente 80 funcionários contratados em regime celetista, desde recepcionista e equipe de limpeza até médicos, enfermeiros e psicólogos. Além do salário do quadro de profissionais, o recurso público é utilizado para aquisição de medicamentos, alimentos e produtos variados, como de limpeza e higiene pessoal.
“Fazemos o atendimento 100% SUS (Sistema Único de Saúde) e esse repasse está fazendo falta. Alguns funcionários estão com salários atrasados e a segunda parcela do 13º, prevista para quinta-feira (20), também vai ficar pendente se a prefeitura não realizar esse repasse”, explica Sérgio. "Nosso pedido é que toda essa situação seja resolvida até amanhã", completa.
O impasse gira em torno da renovação de contrato entre o Instituto e a prefeitura, realizado há cerca de três meses. O presidente do Batuíra defende que a situação burocrática, envolvendo a documentação, está resolvida. Por outro lado, a gestão municipal afirma que haviam pendências, motivo pelo qual o pagamento não foi realizado.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, com a situação já regularizada, a previsão é que o pagamento seja realizado ainda esta semana. “O repasse ficou em aberto durante o prazo de tramitação de novo contrato”, explica. Durante esse período, completa a nota, “a SMS sempre esteve em diálogo com a instituição para esclarecimento das pendências”.