A Redação
Goiânia - Um esquema de desvio de dinheiro causou prejuízo de mais de R$ 728 mil reais à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). A fraude foi descoberta pela própria empresa, que acionou o Ministério Público de Goiás. As investigações apontaram que o ex-servidor Ricardo Ribeiro, que operava o sistema Gestor Online da Companhia, dava baixa em guias de pagamento de taxas de descarte de resíduos sólidos que não haviam sido pagas, obtendo vantagens indevidas em benefício próprio.
O promotor Fernando Krebs, responsável pela apuração do caso, obteve liminar judicial expedida pela magistrada Nathália Arantes da Costa, que determinou o bloqueio no de R$2,9 milhões dos bens do servidor acusado de envolvimento na fraude e de cinco empresas: Suriel Ambiental, Brasloc, Strato Transportes, America Cleaning e Ambiental e DM Conteineres. O valor desviado dos cofres públicos até meados de abril de 2017 teria sido de R$ 728.299,34. A juíza determinou também o bloqueio de R$ 2.184.898,02 por dano moral.
Na decisão, a juíza afirma serem "fortes os indícios" de que existia conluio entre as empresas e o então servidor e as empresas do segmento ambiental para a prática das fraudes. O bloqueio de bens tem a finalidade de garantir o ressarcimento ao erário, em caso de condenação.
Por meio de nota, a Comurg informou que "Ricardo Ribeiro foi exonerado por justa causa em março de 2018 em razão da prática de atos de improbidade administrativa". A empresa comunica que foi instaurado um processo de auditagem para apurar as divergências e as possíveis ineficiências do Gestor Online para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
O jornal A Redação tentou contato com todas as empresas citadas, mas não obteve sucesso.