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Goiás

Moradores e funcionários pedem retomada da mina de amianto de Minaçu

Trabalhos foram suspensos dia 18 de fevereiro | 28.02.19 - 19:51 Moradores e funcionários pedem retomada da mina de amianto de Minaçu (Foto: divulgação)
A Redação

Goiânia -
Com o risco iminente de perder a sua principal fonte de renda e de emprego, e à espera de uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal que reverta a situação, a cidade de Minaçu, no interior do norte de Goiás, promoveu uma das maiores mobilizações da sua história, na noite de terça-feira (26/2).

Em apelo à continuidade das atividades de produção para exportação da Sama –  a maior mina de amianto crisotila das Américas e única do Brasil em operação, há mais de 50 anos –, uma audiência pública organizada pela Câmara Municipal dos Vereadores reuniu cerca de 4 mil pessoas na sede da Assembleia de Deus. Moradores e trabalhadores da mineradora, além de políticos, representantes do governo estadual e diretores e conselheiros da companhia participaram da ação. 
 
A ata da audiência e as assinaturas dos moradores colhidas em abaixo-assinado serão entregues ao Supremo. As dezenas de depoimentos e discursos durante a audiência foram à favor da retomada do funcionamento da mina, que teve que suspender os trabalhos, no último dia 18 de fevereiro, por conta do fim do prazo de uma liminar do Supremo. 
 
“O que está em julgamento pela Justiça é o futuro da cidade de Minaçu, que depende da mina para sobreviver. O nosso grito é de indignação. Queremos pedir aos representantes da Justiça que não tirem o pão da mesa do povo de Minaçu. Que concedam um prazo de pelo menos 10 anos para o fechamento gradual da mina, para que a cidade possa se planejar de forma adequada e não abrupta”, disse o presidente da Câmara dos Vereadores, Admilson Seabra Campos.
 
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Minaçu, Adelman Araújo Filho (Chiru), lembrou que todo o amianto extraído da mina já é direcionado ao mercado externo e não mais ao mercado nacional. “Nós não estamos pedindo ao STF que mude de ideia sobre o banimento do amianto do Brasil. O que estamos pleiteando tem a ver com a garantia dos direitos dos mais de 30 mil habitantes de Minaçu e a garantia de emprego dos trabalhadores com responsabilidade, segurança e racionalidade”, enfatizou Chiru, que trabalha na mina há 29 anos. 
 
O prefeito de Minaçu, Agenor Ferreira Nick Barbosa, complementou: “O momento mais próspero para Minaçu foi quando a mina funcionava em sua capacidade máxima de produção. Eu mesmo já fui funcionário na Sama e aprendi muita coisa da empresa. O povo precisa do trabalho que a mina gera e de todos os outros benefícios, na forma de impostos e benfeitorias para a cidade”.
 
Representando os parlamentares da bancada do Estado de Goiás na Câmara dos Deputados, o deputado federal João Campos reiterou o apoio ao movimento: “Vim até Minaçu para reafirmar o meu compromisso com essa causa. Estamos engajados em sensibilizar o STF e é importante estar aqui e ver essa grande mobilização de todos vocês”.
 
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, enviou um vídeo que foi transmitido em telão. “Estou aqui em Brasília trabalhando junto à Procuradoria da República e ao Supremo Tribunal Federal para que busquemos uma nova negociação, uma modulação gradual, para que as pessoas possam se adequar e preservar aquilo que a Sama tem feito. Ou seja, produzir amianto para exportar, tendo como um dos maiores compradores os Estados Unidos. Nada mais justo do que preservar a nossa riqueza, melhorando a qualidade de vida do povo”. 
 
O presidente do Grupo Eternit, Luís Augusto Barbosa, explicou que a empresa não consegue manter a mina parada sem definições por muito tempo, deixando de atender aos acordos firmados com os clientes no exterior. “É inviável financeiramente e comercialmente. O risco de paralisação definitiva das atividades nunca foi tão grande na história de mais de 50 anos da Sama. A nossa expectativa é conseguir uma decisão favorável do STF e agradeço a todos por terem vindo dar esse forte e emocionado sinal de apoio”, disse o executivo.

Comentários

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  • 21.04.2019 12:06 Joaquim

    A justiçabrasileira é estúpida e idiota. Deveria se preocupar com as coisas cancerígenas que exprtam para cá e não em destruir uma riqueza nossa pra atender aos interesses de guerra comercial, patrocinada por países europeu. A Alemanha e os USA não sabem o que causa câncer, só nosso STF?

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