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Crescimento de 20%

Goiânia ganha novos helipontos por conta do aumento da demanda

Frota goiana é de 89 helicópteros | 15.07.19 - 12:22 Goiânia ganha novos helipontos por conta do aumento da demanda Piloto Paulo Milani, no heliponto do Órion (Foto: divulgação)

A Redação
 
Goiânia - A economia e os sinais de desenvolvimento de Goiânia e de sua Região Metropolitana são demonstrados, entre outros indicadores, pelo intenso tráfego aéreo de pequenas aeronaves, em especial de helicópteros, meio mais usado nos grandes centros urbanos para se voar. 
 
Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Goiás possui atualmente 89 helicópteros registrados. Em 2009, este número era de apenas 24 em todo o Estado. 
 
Dados dos Anuários Estatísticos do Tráfego Aéreo no Brasil de 2017 e 2018 comprovam essa tendência percebida por Paulo Milani. Segundo os documentos do Departamento de  Controle do Espaço Aéreo, órgão do Ministério da Defesa, a participação das operações com helicópteros na aviação geral do Estado saltou de 7,6% em 2015 para 9,4% em 2018. O número de voos com esse tipo de aeronave subiu 20%, entre 2017 e o ano passado, saindo 3.065 operações, para 3.656. Uma tendência diferente da vizinha Brasília, que apesar de ter uma frota maior, registrou queda na participação de helicópteros em sua aviação geral, caindo de 27,8% para 25%.
 
Piloto de helicópteros há dez anos, Paulo Rodrigues Milani, de 30 anos, já percebeu um aumento em Goiás quanto ao uso desse tipo de transporte. “De uns dois, três anos para cá teve um aumento significativo. Hoje temos máquinas maiores também. Goiânia tem um grande número de empresários e pessoas públicas, como políticos e cantores sertanejos que usam o meio aéreo”, afirma ele, que conta fazer muito a rota entre a capital e Brasília.
 
De olho nessa crescente demanda, novos empreendimentos na capital estão incluindo os helipontos que são frequentemente usados por executivos de grandes empresas em pequenos trajetos entre cidades ou mesmo para fora do Estado. Inaugurado em 2018, o Órion Business & Health Complex possui um dos mais novos helipontos na cidade. Instalado no topo do empreendimento, a cerca de 180 metros de altura, o espaço possui 900 metros quadrados de extensão, sendo 400 metros quadrados de área de toque. 
 
Paulo Milani revela que para operar em helipontos elevados, como do Órion, é preciso ter mais conhecimento técnico, principalmente em relação às manobras de aproximação, pois há algumas configurações diferentes. O piloto profissional destaca também que a cidade está no caminho certo quanto a esse meio de transporte. “Eu faço muito vôos executivos, ou seja, de pessoas que estão à trabalho e, às vezes, sinto falta de mais locais centralizados com helipontos. Os prédios comerciais precisam ter, além do mais, valoriza o empreendimento”, afirma.
 
Várias utilidades
De acordo com o síndico do Órion Complex, o engenheiro civil Leopoldo Gouthier Oliveira, atualmente já existe movimentação de pousos de helicópteros que transportam executivos que frequentam os requintados restaurantes que funcionam no edifício. “A expectativa é que essa demanda aumente bastante após a inauguração do hospital, prevista para o segundo semestre deste ano”, diz. O uso do heliponto não tem natureza comercial e será destinado exclusivamente aos usuários do complexo de forma gratuita.
 
Segundo o síndico, a previsão de implantação de um heliponto no moderno empreendimento está relacionada à prestação de serviços médicos que é o foco principal dos negócios que estão sendo abrigados no Órion Complex. “Além de várias clínicas e laboratórios, temos um hospital, que terá capacidade para realizar procedimentos de alta complexidade como cirurgias neurológicas e transplantes de órgãos, e isso demanda a necessidade de um transporte de urgência para esse tipo de atendimento”, esclarece o síndico.
 
Mas enquanto essa demanda ainda não ocorre, o espaço localizado a mais de 180 metros de altura tem sido um dos novos pontos turísticos da cidade sendo alvo de várias visitas e palco de vídeos clipes, diversos ensaios fotográficos e até de cerimônia de casamentos. “Todos se encantam com a vista em 360º que se tem da cidade no alto do prédio. Acabou virando um atrativo da cidade. Devido a grande procura, liberamos o espaço para realização de eventos nossos ou particulares, mas em todos os casos são exigidas o cumprimento de algumas regras de segurança”, explica o engenheiro e síndico.
 
Visão do futuro
Segundo dados da Anac, existem em todo o Estado 29 helipontos registrados (entre público e privados), deste total, 17, ou seja, mais da metade, estão na Região Metropolitana da capital (Goiânia e Aparecida). Um dos pioneiros está no Aldeia do Vale. Antevendo um grande desenvolvimento econômico para Goiânia, em 2002 a Tropical Urbanismo já trazia um dos primeiros helipontos particulares da capital, construído no condomínio horizontal. A área de pouso possui uma extensão total de 400 metros quadrados.
 
“Toda semana temos pousos. Atualmente, temos uns seis ou sete condôminos que fazem uso frequente do heliponto, alguns até duas ou três vezes por semana”, conta Rogério Pessoa Rocha, gerente executivo da Associação dos Amigos do Residencial Aldeia do Vale (Saalva), entidade que responde pela gestão do condomínio. Segundo ele, não há cobrança de nenhuma taxa para o uso do local de pousos, o morador precisa apenas cadastrar o nome do piloto e a identificação da aeronave. O gerente também diz, que embora seja pouco frequente, visitantes também pode usar o heliponto, mas é preciso autorização por escrito do condômino.
 
Heliporto
Com o crescimento da aviação, nos projetos começam agora a projetar espaços para a abrigar os helicópteros. Nesse cenário, a capital prepara-se para receber um heliporto ao lado do Alphaville. A implantação será feita pelo Grupo Toctao no condomínio horizontal Plateau d’Or. O projeto incluiu o equipamento urbano na centralidade que será implantada na área externa ao residencial. “Fizemos um levantamento na cidade e atestamos que a maioria dos proprietários de helicópteros vivem na região, e precisam do espaço para guardar das aeronaves”, disse Rafael Roriz. 
 
Em alguns prédios públicos, também há espaço destinado a heliponto devido a situações emergenciais e de segurança. Na capital, por exemplo, órgãos de segurança os hospitais de urgência de Goiânia (Hugo) e Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) possuem helipontos.

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