A Redação
Goiânia - A Igreja Católica suspendeu o direito de oito padres exercerem o cargo no País. Eles estão no meio de uma polêmica envolvendo a direção de três colégios, um deles em Goiânia e dois em São Paulo. Com a decisão, os sacerdotes afastados não podem mais celebrar missas ou dar bênçãos.
As escolas, controladas pela Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência (Saea), contam com 9,3 mil alunos. Em Goiânia, a unidade no centro da disputa é o Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima. Eduardo Flauzino é o responsável pela unidade e é um dos que foram afastados do sacerdócio.
Segundo matéria publicada pela Folha de S.Paulo, a disputa pelos colégios começou em 2013, quando era discutida a união de três entidades agostinianas. A união previa a formação da Província Agostiniana do Brasil e passaria a ser representante da Ordem Agostiniana no país.
No mesmo ano, parte dos padres se separou do grupo por divergência sobre a forma como a unificação estava sendo feita. Em 2014, os padres que estavam no grupo alteraram o estatuto social da Saea, fato que foi considerado pela Província como "um golpe".
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, entre as alterações estavam a possibilidade de inclusão de membros que não fazem parte da Ordem de Santo Agostinho ou mesmo da Igreja Católica.
No ano seguinte, a Província pediu para que os padres voltassem atrás com a alteração no estatuto, mas o pedido não foi atendido. A "desobediência", como foi definido pela Província, resultou no afastamento dos padres.