Adriana Marinelli e João Unes
Goiânia - Secretária do Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro, Ana Lúcia Santoro manifesta preocupação com a possível chegada de manchas de óleo nas praias do Rio, mas garante que um trabalho conjunto é realizado no sentido de minimizar os possíveis impactos. "Diferente do que aconteceu no Nordeste, não podemos dizer no Sudeste que fomos pegos de surpresa", disse em entrevista exclusiva ao jornal A Redação durante visita à capital goiana nesta terça-feira (5/11).
Conforme destacou a secretária, a determinação do governador Wilson José Witzel é que o Estado trabalhe de forma preventiva. "Ele determinou a criação de um grupo de trabalho para acompanhamento e vigilância desse caso. É um grupo interinstitucional, que inclui, além da Secretaria e do Instituto Estadual do Ambiente, também a Defesa Civil Estadual, o Ibama, a Marinha do Brasil e um instituto de pesquisa da UFRJ", disse.
De acordo com Ana Lúcia, o fato de as manchas não serem captadas pelo satélite torna o caso ainda mais "incerto" e "preocupante". "Por isso estamos nos precavendo. Tudo isso é para que, caso essa mancha chegue às praias do Estado do Rio de Janeiro, a limpeza seja feita o mais rápido possível para diminuir o impacto", concluiu.
Impacto no Nordeste
Até o momento, o óleo já chegou a 314 localidades de 110 municípios em todos os nove estados do Nordeste.
Segundo números informados pelos governos estaduais e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), já foram contabilizadas mais de 4 mil toneladas de óleo e resíduos coletados nas praias nordestinas.
Origem
A Polícia Federal (PF) apontou um navio da petroleira grega Delta Tankers como principal suspeito de ter derramado o óleo que polui o litoral nordestino. Em nota, a empresa disse possuir dados e documentos que comprovam que sua embarcação não tem envolvimento com o vazamento.