A Redação
Goiânia - Ela é bastante comum na ficção, em cenas em que o personagem é submetido a fortes emoções, mas provavelmente você conhece alguém na “vida real” que teve uma síncope. Ou pode ter acontecido com você, em alguma situação específica. Este é o termo médico para o que chamamos popularmente de desmaio.
Neste artigo, vamos explicar o que é a síncope vasovagal, como identificar os sintomas e o que fazer para ajudar quem estiver passando por isso.
Também chamada cientificamente de síncope neuromediada e síncope neurocardiogênica, a síncope vasogal é uma perda de consciência e da estabilidade (tônus) corporal de forma súbita.
O fenômeno é relacionado à ativação indevida do nervo vago, o maior nervo craniano do nosso organismo, que vai do cérebro até o abdômen. Ele é importante para a manutenção de funções vitais, como regulação dos batimentos cardíacos, pressão arterial e atividades sensitivas e motoras.
Causas
Os motivos que levam a uma anormalidade na funcionalidade desse nervo são diversas, mas são todas consideradas gatilhos que fazem cair a pressão arterial e/ou diminuir os batimentos do coração.
Fatores ocasionais
Fortes emoções súbitas, cansaço extremo, excesso de álcool ou outras drogas, permanência em ambientes abafados e quentes, dores fortes e uso de certos medicamentos, como diuréticos, em doses elevadas.
Distúrbios metabólicos
Chamamos de metabolismo o conjunto de transformações químicas que acontecem no organismo, então algumas anormalidades nesse sistema podem levar o paciente ao desmaio.
São elas: falta de açúcar no sangue (hipoglicemia causada por jejum prolongado ou diabetes), anemia (baixa de glóbulos vermelhos no sangue), hemorragias (sangramentos) e desidratação (baixa de água e sais minerais no organismo).
Doenças cardiovasculares
Qualquer fenômeno cardiovascular que impeça o fluxo normal de sangue no corpo, em especial para o cérebro, pode causar uma síncope.
Esses são os casos mais preocupantes, porque podem indicar problemas mais graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
São eles: arritmias (batimentos cardíacos fora de ritmo), obstrução do fluxo do sangue nas veias e artérias causada por coagulação (trombose) ou a migração de coágulos (embolia).
Como prevenir ou lidar com a síncope
Os sintomas que indicam que a pessoa pode ser cometida por uma síncope são: sensação de fraqueza, náusea, tontura, ânsia de vômito, palidez, suor frio, visão turva (“teto preto”), queda de pressão, respiração lenta e pulsação arterial fraca.
Ao sentir isso, a pessoa deve se sentar imediatamente, colocar a cabeça entre os joelhos e respirar profundamente algumas vezes até se recuperar.
Ela deve se levantar somente quando estiver se sentindo melhor, bem devagar, de preferência com ajuda de alguém.
Se não for possível evitar o desmaio, é muito importante deitar a pessoa com a cabeça e ombros posicionados mais baixos que o resto do corpo, com a cabeça virada para o lado. Essa medida evita que o paciente aspire secreções e sufoque.
É questão de tempo até que a pessoa recobre os sentidos, portanto basta esperar. Quando isso acontecer, ela deve permanecer deitada por alguns minutos, levantar-se devagar e permanecer sentada por um tempo.
É indicada a ingestão de água, suco, chá ou qualquer bebida sem álcool. Lembre-se: não se deve fazer com que a pessoa expire álcool, amoníaco ou outras substâncias fortes.
Quando procurar um médico
Sempre. Quando alguém sofrer uma síncope, deve procurar um médico imediatamente. Somente um profissional de saúde pode avaliar causas e necessidade de tratamentos.
Se o desmaio for decorrência de problemas cardiovasculares ou metabólicos, médicos especialistas cuidarão das doenças de forma adequada.
No caso da síndrome vasogal, ou seja, quando o paciente não tem uma doença associada que cause desmaios ocasionais, prevenir é o melhor remédio.
A seguir, algumas dicas de prevenção:
? Evitar o cansaço extremo, ou seja, dormir regularmente, não permanecer muito tempo em pé e não praticar atividades físicas muito intensas;
? Praticar atividades físicas moderadas para melhorar a circulação e capacidade cardiovascular;
? Beber bastante água, alimentar-se bem e com a frequência indicada por um médico;
? Evitar ambientes quentes, abafados, com pouca circulação de ar;
? Deitar-se sempre que sentir a queda da pressão para evitar o desmaio;
? Manter acompanhamento médico frequente para a realização de exames de sangue, pressão e outros.