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Goiânia - O Cemitério Santana, na Avenida Independência, em Goiânia, segue alvo de constantes furtos. Nora de Pedro Ludovico Teixeira, Márcia Melo Rosa denunciou, em entrevista exclusiva ao jornal A Redação neste sábado (11/7), que túmulos próximos ao jazigo de Pedro Ludovico, fundador da capital, foram alvos de ações criminosas. "Um funcionário do cemitério que realizou serviços de restauração no túmulo nos alertou para que retirássemos a estátua de Pedro Ludovico, patrimônio histórico tombado, pois ladrões poderiam furtar a obra de arte", contou Márcia.
Para ela, é um "absurdo que a prefeitura não tome providências para garantir segurança às obras de arte do local". "O Cemitério Santana é o primeiro de Goiânia, como pode ficar neste total abandono?", enfatizou. Márcia ainda acrescenta que tentou contato com administração do local, com a prefeitura, com a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), mas não obteve resposta de nenhum órgão. "O mínimo que poderia ser feito é subir o muro e trancar o portão", disse ao AR.
Em áudio enviado à Márcia, o funcionário do cemitério sugere que "seria muito conveniente (...) mandar tirar a estátua de Jesus Cristo [arte fúnebre da sepultura Ludovico]. Provavelmente, logo, logo vão levar a estátua que está no túmulo", diz o homem. "Porque o Cemitério Santana está abandonado, está largado aqui, viu. Já levaram vários e vários objetos de valor inestimável. Provavelmente vão levar o [jazigo] da senhora", reitera.
A obra citada pelo funcionário é a estátua de Cristo Bom Pastor, feita na década de 1970, e representa Jesus batendo a uma porta, iconografia do texto Apocalipse, da Bíblia. O jazigo foi tombado como Patrimônio Histórico de Goiânia por ser túmulo de Pedro Ludovico.
Outras denúncias também foram registradas no Cemitério Santana nos últimos anos. O local, que há algum tempo funciona sem vigilância, de portões abertos e muros baixos, tem no seu histórico furto de patrimônio avaliado em R$ 100 mil, ocasião em que uma estátua de bronze de 60 quilos foi levada do local no ano passado. Segundo Márcia Melo, os vândalos entram no local com caminhonetes, pulam os muros "e, ainda assim, nada é feito".
Neto do fundador de Goiânia, Pedro Teixeira comentou ao AR que, durante visita ao cemitério no último Dia de Finados, notou a falta de argolas de bronze que estavam no túmulo de seu avô, Pedro Ludovico. "Não temos o que fazer, não podemos colocar vigilância no local ou retirar a estátua", ressaltou. Ele sugeriu que, pelo menos, o local pudesse ter serviço de vigilância noturna.
Em nota, a Semas informou ao AR que a responsabilidade pela fiscalização do local é da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
A GCM, em nota, afirma que realiza rondas motorizadas durante o dia inteiro, mas reitera que ações "serão reforçadas com o aumento de equipes". Além disso, a população também possui o telefone 153 para denúncias.