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Nesta sexta-feira (24/7)

Buzinaço em Goiânia comemora os 97 anos de Bariani Ortêncio

Concentração será na região da Praça Cívica | 24.07.20 - 15:24 Buzinaço em Goiânia comemora os 97 anos de Bariani Ortêncio (Foto: divulgação)
Jales Naves
Especial para o jornal A Redação

Goiânia - Paulista de Igarapava, onde nasceu no dia 24 de julho de 1923, e goiano desde 1938, quando se mudou para a Goiânia que estava sendo construída, o escritor, folclorista e compositor Waldomiro Bariani Ortêncio terá uma homenagem diferente quando completa 97 anos: uma carreata pela Praça Cívica e um buzinaço em frente à sua casa, na Rua 82, no Setor Sul. Será nesta sexta (24), a partir das 19h. Ao longo de sua vida exerceu diversas atividades, como professor de Matemática, comerciante, fazendeiro, industrial e minerador. Em 12 de abril de 2013 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás.

Filho de Josefina Bariani e Antônio Ortêncio, iniciou os estudos primários em 1930 e, no ano seguinte, conseguiu seu primeiro emprego, nas Casas Pernambucanas. Aos 15 anos mudou-se com a família para a Capital goiana, cursando o ginasial e o científico no Liceu de Goiânia. Em 1941 entrou para o Tiro de Guerra. Em 1948, ingressou na Faculdade de Odontologia, mas não concluiu o curso. Casou-se com Ana Silva de Moraes, com quem teve seis filhos, três mulheres e três homens.
 
Comerciante e escritor
Bariani Ortêncio estabeleceu-se como comerciante no bairro de Campinas, com o Bazar Paulistinha, uma loja de discos, período em que também foi goleiro do Atlético Clube Goianiense. Iniciou-se como escritor ainda na infância, no jornal estudantil “O Chicote. Em Goiânia, tão logo matriculou-se no Liceu, passou a escrever para o jornal estudantil da escola.

Durante um período de mais de dois anos, redigiu crônicas para a Rádio Clube de Goiânia, às vezes, também, publicadas no jornal “Folha de Goiaz”.

Publicou seu primeiro livro em 1956, “O que foi pelo Sertão”, pelo qual recebeu o Prêmio Americano do Brasil, da Academia Goiana de Letras, instituição que o aceitaria como membro cinco anos depois, para a cadeira n.º 9, cujo patrono é Antônio Americano do Brasil.

Seguiram-se os livros: “O Sertão – O Rio e a Terra”, 1959; “Sertão Sem Fim”, 1965; “A Cozinha Goiana”, 1967; “Vão dos Angicos”, 1969; “Força da Terra”, 1974; “Morte Sob Encomenda”, 1974; “Dr. Libério, o Homem Duplo”, 1981; “Estórias dos Crimes e do Detetive Lopes”, 1981; “Dicionário do Brasil Central”, 1983; “O Enigma do Saco Azul”, 1985; “Aventura no Araguaia”, 1987; “Meu Tio-Avô e o Diabo”, 1993; “Medicina Popular do Centro-Oeste”, 1994; “João do Fogo”, 1996; “Cartilha do Folclore Brasileiro”, 1997; “O Homem que Não Teimava”, 1998; “Caminho da Liberdade”, 2000; “A Fronteira (Revolução Constitucionalista de São Paulo de 32) e Minha Vida de Menino”, 2005; e “Crônicas”, 2005.

Como compositor, é autor de inúmeras músicas, e teve suas primeiras composições gravadas a partir de 1957, por diversos intérpretes, como Irmãs SantosDuo ParanaenseTrio da VitóriaDuo Estrela D'Alva e Duo Guarujá, entre outros. Em 1960, por ocasião da inauguração da nova Capital do Brasil (21 de abril de 1960), a Orquestra e Coro RGE gravou a marcha “Brasília Vinte e um de Abril”, de sua autoria exclusiva, e, no mesmo disco, a marcha “Brasília a Capital da Esperança”, composta em parceria com Henrique Simonetti e Capitão Furtado.

É detentor dos Prêmios Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, da Prefeitura Municipal de Goiânia, Bolsa de Publicações José Décio Filho, do Governo do Estado de Goiás e Prêmio João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras. Em abril de 1968 recebeu o título de cidadania, concedido pela Assembleia Legislativa de Goiás, pelos relevantes serviços prestados.

É membro das Academias Goiana (cadeira n.º 9) e Goianiense de Letras (cadeira n.º 23) e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (cadeira n.º 46); sócio da União Brasileira de Escritores de Goiás, de que foi presidente; da Comissão Nacional do Folclore e da Associação Goiana de Imprensa, além de outras agremiações sociais, culturais e de classe, entre as quais, Comissão Goiana de Folclore, Conselho Estadual de Cultura, Ordem Nacional dos Bandeirantes e Sociedade Geográfica Brasileira.

Bariani Ortêncio continua ativo. Em 15 de março de 2017, em evento realizado no Palácio das Esmeraldas, sede do Governo estadual, lançou uma coletânea de quatro títulos: “O crime do mordomo e outros crimes... de humor”, “Chão Bruto”, “Conversando com os mitos do folclore brasileiro” e “Ficção Longa de Bariani Ortencio”.
 
Livros publicados
1956 – O que foi pelo sertão - Ed. Autores Novos - São Paulo, SP; 2006 2ª edição, Editora Kelps, edição comemorativa dos 50 Anos de Literatura do autor.
1959 – Sertão o rio e a terra - Ed. Livraria São José – Rio de Janeiro
1965 – Sertão sem fim - Ed. Livraria São José – Rio; 2ª edição, Editora UFG – Goiânia – 2000; e 3ª Edição – 2011.
1967 – A cozinha Goiana – 1ª Edição -Ed. Brasilart – Rio de Janeiro; 1980 - 2ª Edição – Editora Oriente- Goiânia, GO; 1990 - 3ª Edição – Eldorado –Brasília; 2000 - 4ª Edição - Editora Kelps; 2004 - 5ª Edição, Ed. Kelps; 2088 - 6ª Ed. Kelps; 2011 - 7ª Edição – Kelps.
1969 – Vão dos Angicos - Ed. José Olympio – Rio de Janeiro.
1974 – Força da terra - Ed. José Olympio – Rio de Janeiro,
1974 – Morte sob encomenda - Ed. M M (CBS) - São Paulo, SP.
1975 – Dr. Libério - o homem duplo - Ed. M M (CBS) - São Paulo, SP; 2ª Edição, 1996 - Ed. Kelps – Goiânia, GO.
1981 – Estórias de crimes e do detetive Waldir Lopes - Ed. Ática - São Paulo, SP.
1983 – Dicionário do Brasil Central - Ed. Ática - São Paulo, SP.
1985 – O enigma do saco azul - Ed. Atual - São Paulo, SP (9ª edição-1992).
1987 – Aventura no Araguaia - Ed. Atual - São Paulo, SP (6ª edição-1992).
1990 – A deal with death - Ed. Thesaurus Publishing Hourse - Brasília-Miami, USA.
1993 – Meu Tio-Avô e o Diabo - Ed. Estação Liberdade – SP; 2ª ed. Ed. Kelps-Goiânia, 1997. Indicado para os vestibulares de 1998, pela Universidade Federal de Goiás, Universidade Católica de Goiás e mais 27 faculdades. 4ª edição 2011. Esteve no vestibular de 98 em três universidades (Federal, Católica e Universo), em 27 faculdades e em todos os colégios do II Grau do Estado de Goiás.
1994 – Medicina Popular do Centro-Oeste - Ed. Thesaurus – Brasília, DF (2ª Edição - 1997 - Ed. Thesaurus, Brasília, DF).
1996 – João-do-fogo (Infanto-Juvenil), Ed. Kelps – Goiânia, GO.
1996 – Estórias de muitas Estórias (Romance Oriental) - Edição Lufthansa-Ed.Kelps-Goiânia, GO.
1997 – João-do-Fogo e Pimentinha-Detetives (Infanto-Juvenil) – Editora Kelps, Goiânia, GO; 6ª Edição – 2011.
1997 – Cartilha do Folclore Brasileiro (Prêmio João Ribeiro – Folclore, da Academia Brasileira de Letras, 1986) - Editora da Universidade Católica de Goiás; 2004 – 2ª Edição Ed. UFG – Universidade Federal de Goiás.
1998 – O Homem que não teimava - 5ª edição (Paradidático) - Editora Saraiva (Coleção Jabuti), São Paulo.
1998 – Crônicas & Outras Histórias (participação), jornal “O Popular”.
1999 – João-do-Fogo e Pimentinha - Novas Aventuras, Ed. Kelps, Goiânia.
2001 – Caminho da Liberdade – Kelps-Goiânia, GO.
2005 – A Fronteira (A Revolução Constitucionalista de 32 e Minha Vida de Menino), Prêmio Clio da Academia Paulistana da História e edição premiada pelos Correios.
2005 – Crônicas (1) - Ed. Kelps.
2007 – O que foi pelo sertão – 2ª edição, Ed. Kelps
2007 – Ingênuo, nem tanto...  Editora Saraiva – Coleção Jabuti
2007 – O homem que não teimava - 6º edição, Saraiva - Coleção Jabuti
2007 – Crônicas 2, Ed., PUC/GO
2009 – João-do-Fogo (O pequeno herói ecologista) -5ª edição, Ed. Kelps - 2011
2009 – Cartilha ao pré-escritor (Você gostaria de escrever um livro?), Ed. Thesaurus
2010 – Crônicas 3. Ed. PUC/GO
2011 – História Documentada e Atualizada de Campinas -1810-2010 – Ed. Kelps
2011 – Crônicas 4 – PUC/GO - Kelps
2012 – Medicina Popular do Centro-Oeste – 3ª Ed. Thesaurus Editora
2013 – Cartilha do Folclore Brasileiro – 3 ª Ed. Thesaurus Editora
2013 – Cozinha Goiana – Edição especial – Ed. Kelps
2014 – Cozinha Goiana – 8ª Edição – Ed. Kelps
 

Comentários

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  • 24.07.2020 20:13 Nelson Morais

    Bariani, que grata surpresa a vida me deu por tê-lo como tio, amigo, influenciador, paradigma. Vida longa ao Rei!

  • 24.07.2020 18:15 João de Sousa Nascimento Sobrinho

    Grande Bariani Ortêncio!!! Bela matéria grande jornalista!!! Parabéns!!!

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