Jales Naves
Especial para o jornal A Redação
Goiânia - Solidária, muito católica, vicentina e integrante da Pastoral da Esperança de Goianésia, onde residia há mais de 70 anos, Marieta Naves de Oliveira, que completaria 90 anos no dia 21 deste mês, faleceu na manhã desta quarta-feira, dia 5, por complicações com o coronavirus. Segunda dos sete filhos do casal Imorvides Naves e Virgínia Maria Naves, ela assumiu a criação dos irmãos com o falecimento da mãe quando tinha apenas 13 anos, e ajudou a avó Maria Custódia Naves na lida da fazenda durante as viagens do pai.
Depois, acolheu os filhos da madrasta, Maria Dolores Naves, quando Imorvides decidiu se casar em 1944, pela terceira vez. Em 1951 Marieta se casou com um dos filhos de Dolores, José Ferreira Oliveira, seu conterrâneo de Corumbaíba, ambos nascidos em 1930, tendo ele falecido em novembro do ano passado.
Ao assumir tantas responsabilidades ainda jovem, como lembrou a sobrinha e afilhada Teresinha Cândida Naves do Nascimento, Marieta não teve oportunidade de estudar, dedicou-se a cuidar da família e se casou aos 21 anos. Marieta e Zeca do Imorvides tiveram seis filhos: Maria José; Aparecida de Fátima, que faleceu aos 15 anos, em 1970; José Hamilton, João Adalto, Doramar e Vilmar.
“Marieta viveu a sua vida com amor, dedicação a todos que estivessem ao lado dela. Viveu sempre com muita alegria. Era cuidadora e conselheira. Gostava de dançar e cantar. Rezava todos dias”, disse Ulisses Naves Ferreira. “Foi mãe de seus irmãos”, completou, explicando que, mesmo com a saúde debilitada, ela nunca reclamava.
