A Redação
Goiânia - O doleiro Dario Messer teria citado, em delação homologada na última semana pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), supostos serviços prestados à família Marinho, proprietária da Rede Globo. Segundo matéria publicada pela Revista Veja, na sexta-feira (14/8), sobre a delação de Messer, o doleiro afirma ter repassado dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões, por meio de entregas feitas na sede da emissora, no bairro carioca Jardim Botânico.
Os repasses teriam começado nos anos 90, em quantias que variavam entre US$ 50 mil e US$ 300 mil. O delator afirmara que os valores eram entregues para um funcionário identificado como José Aleixo e acrescentara nunca ter feito contato direto com os Marinho. No depoimento, o doleiro teria citado também que as negociações iniciaram por intermédio de Celso Barizon, apontado como gerente que controlava as contas da família no Banco Safra de Nova York.
Ainda de acordo com a Veja, nenhuma prova foi apresentada para comprovar as falas de Messer na delação. Ele, porém, sustenta a versão de que os repasses eram destinados aos irmãos Roberto Irineu, presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, e João Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo.
Em nota, a família Marinho afirma que “nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior”. “Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras", finaliza o texto.
Veja a íntegra do posicionamento da família Marinho:
"A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras."