Théo Mariano
Goiânia - O deputado estadual Paulo Trabalho denunciou, neste domingo (15/11), ter sido agredido por um policial militar enquanto fiscalizava pelo PRTB colégio eleitoral em Posse, na região Nordeste de Goiás. “Eu estava passando e cumprimentando as pessoas, e o agente disse que eu não poderia ficar ali e deveria retirar meu veículo”, relatou o parlamentar em entrevista ao jornal A Redação.
Por lei, cada partido político ou coligação pode nomear até dois delegados para cada município ou zona eleitoral e também dois fiscais para cada mesa receptora. Estes são admitidos para fiscalizar votação, formular protestos e fazer impugnações.
Segundo Paulo Trabalho, policiais tentaram impedir sua entrada em outros pontos de votação do município, porém sem sucesso. “Como fiscal, eu posso entrar em todos os colégios [eleitorais]”, acrescentou. “Eu disse para ele que não iria me retirar, pois não estava fazendo nada de errado, não estava pedindo votos para ninguém.”
O deputado ainda conta que, em certo momento, concordou em deixar o local. “Então, recebi uma ligação telefônica. Nesse meio tempo, o policial ficou muito nervoso. Eu pedi para que ele esperasse eu atender o telefone, pois depois iria me retirar. Ele, então, veio para cima de mim com truculência e deu um murro com as duas mãos no meu peito”, alegou Paulo Trabalho.
Um vídeo enviado pelo parlamentar à equipe do AR não mostra o momento do murro, porém deixa explícito o instante em que o policial toma das mãos o celular que seria de Paulo Trabalho. “Eu pedi o aparelho telefônico, ele não me devolveu, alegando que entregaria somente com a presença do comandante da Polícia Militar”, continuou.
Ainda segundo o deputado, o policial teria se trancado por cerca de 20 minutos em um banheiro com o celular, que não possui senha de bloqueio. “Outra viatura ainda chegou ao local e, mesmo assim, não devolveram o aparelho.”
Paulo Trabalho confirmou ter registrado a ocorrência junto à Polícia Federal. “Não recebi até agora qualquer pedido de desculpas por parte da corporação. Estou me sentindo mal, a situação foi muito desagradável”, concluiu.
O jornal
A Redação solicitou posicionamento da Polícia Militar, mas ainda não teve resposta.
Assista ao vídeo do momento em que o policial toma o celular de Paulo Trabalho: