Jéssica Torres
Goiânia - O agricultor Nei Castelli foi preso como suspeito de ser o mandante do assassinato dos advogados Marcus Aprigio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47 anos. Ele estava a caminho do Paraná quando foi detido na terça-feira (17/11) em Catalão, conforme investigação da Delegacia Estadual de Homicídios (DIH).
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, o crime foi encomendado pelo valor de R$ 100 mil, se os assassinos não fossem capturados, e R$ 500 mil em caso de prisão. A motivação, segundo a polícia, seria uma disputa de terras na região de São Domingos, em uma área avaliada em mais de R$ 6 milhões.
Outras quatro pessoas são suspeitas de estarem envolvidas. Um deles foi morto em uma ação policial e os outros três seguem presos.
Prisões
No dia 30 de outubro, a DIH prendeu, em Porto Nacional, um homem, de 25 anos, indiciado na condição de executor do duplo assassinato dos advogados, tendo sido ele o responsável pelos disparos contra as vítimas. O segundo executor, disse a PC, que participou diretamente do crime, também foi identificado e indiciado. Durante a fuga ele acabou morto em um confronto com a Polícia Militar do estado do Tocantins.
Em 9 de novembro, uma mulher e um homem suspeitos de serem os intermediadores do crime foram presos por policiais civis da DIH nas cidades tocantinenses de Porto Nacional e Palmas. O homem também é suspeito de ter transportado os executores de Porto Nacional até Goiânia para o cometimento do crime, e de ter fornecido dinheiro para que os executores se mantivessem em Goiânia nos dias que antecederam as execuções. Os dois intermediários confessaram em detalhes suas participações no crime e apontam o mandante preso como responsável por todo o planejamento do crime.
O jornal não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos. O espaço para manifestação está aberto.