A Redação
Goiânia - O Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus de Goiânia (HCamp) registrou nesta quinta-feira (11/2) a alta do paciente de número 1.500. O curado é cidadão morrinhense, tem 61 anos, é autônomo, casado, pai de quatro filhos e avô. Ele deu entrada na unidade de saúde da capital com quadro febril e mal-estar.
“Não conseguia levantar e andar mais. Fiz o PCR. Quando saiu o resultado, a médica já pediu imediatamente o exame de tomografia que atestou 50% de comprometimento dos meus pulmões. Me internaram e solicitaram uma vaga de UTI. Graças a Deus vim para Goiânia e para o HCamp. Sou um milagre, pois nasci novamente”, contou.
O paciente Sebastião Reis Costa deu entrada no HCamp de Goiânia no dia 27 de janeiro, ficou nove dias internado em estado grave na UTI e seis dias em um leito da enfermaria. Nesta quinta-feira (11/2), ele retornará para o seu lar, na cidade de Morrinhos sem nenhuma sequela da doença. Além dessa data no calendário da saúde, o assistido representa a alta médica de número 1.500 de pessoas que foram atendidas na unidade hospitalar, do Governo de Goiás, e que superaram o coronavírus.
A alta médica do paciente Sebastião Reis Costa, emocionou a psicóloga Alana Alcântara. “Atuo no HCamp desde maio do ano passado. O senhor Sebastião tem muita fé e esperança na vida e isso auxiliou muito no seu processo de recuperação. Ver ele retornando para a sua casa, me dá mais ânimo para enfrentar essa segunda onda”, disse.
Até à meia-noite desta quinta-feira (11/2), o HCamp de Goiânia, atendeu 26.222 pessoas acometidas pela covid-19. Os médicos hospitalistas Luciano Vitorino e Emílio Pena Bueno responsáveis pelas equipes médicas, se sentem realizados com este momento.“Estamos colhendo os frutos do trabalho em equipe com a prestação de uma assistência técnica, resolutiva e humanizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, destacou Emílio.
Sebastião Reis agradeceu pelo atendimento recebido no HCamp e alertou a todos sobre as festividades e aglomerações. “Esse hospital é excepcional! Nunca vi nada igual, a estrutura é de primeiro mundo. Fui muito bem tratado. Essa doença mata. Não brinquem com esse vírus, as festas sempre irão existir, mas a vida acaba.”
Diretora técnica do HCamp de Goiânia e médica infectologista pelo Instituto Emílio Ribas, Marina Roriz, relata o significado das 1.500 altas. “Tivemos inúmeros óbitos e sentimos imensamente por essas perdas. No entanto, evoluímos muito clinicamente e tecnicamente. O senhor Sebastião é um paciente do grupo de risco, diabético, ficou em estado grave na nossa UTI com suporte de cateter de oxigênio e usou máscara para melhorar a sua capacidade respiratória."
(foto: Monique Arruda)
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