A Redação
Goiânia - A Celg Participações (CelgPar), que é uma sociedade de capital aberto, abriu a
Sala de Informações/Data Room para os potenciais investidores interessados no processo de desestatização de sua subsidiária, a Celg Geração e Transmissão (Celg GT), que terá a alienação das suas ações e participações em outros empreendimentos, realizada por meio de leilão especial no âmbito da Brasil, Bolsa e Balcão (B3), marcado para o próximo dia 13 de maio.
A CelgPar, que tem como acionista majoritário o Governo do Estado de Goiás, é atualmente a proprietária da totalidade das ações da Celg GT, que opera as hidrelétricas de Rochedo e São Domingos e possui participação em empreendimentos de transmissão e outros ativos de geração. A CelgPAR, por sua vez, controla a companhia de geração e transmissão – Celg GT – que ora está sendo oferecida para desestatização pelo preço mínimo de R$1,531 bilhão.
Com a realização da Audiência Pública no dia de ontem (17), e abertura do Data Room nesta quinta-feira (18) com a publicação do Manual no
site da empresa, a CelgPAR também já definiu as próximas datas do calendário de desestatização, seguindo as normas exigidas pelos órgãos que regulam o setor.
A publicação oficial do edital e seus anexos será a partir do dia 08 de abril, e o Roadshow com exposição ampla das estruturas da empresa aos investidores interessados no dia 15 de abril, através da TV B3. A diretoria da CelgPAR espera concluir este processo com a realização de um leilão que atinja os objetivos de interesse dos acionistas no leilão do dia 13 de maio na B3.
Para o presidente da companhia, o engenheiro Lener Jayme, a abertura do data room representa a oportunidade de investidores acessarem todos os dados e informações sobre os ativos da Celg GT e de suas participações. O executivo, considera este um passo importante nesta etapa pré-leilão pois, além de acessar demonstrações financeiras, relatórios técnico-operacionais das concessões de transmissão e geração, laudos de valuation e outras, o data room é também um ambiente através do qual os investidores habilitados poderão esclarecer todas as suas eventuais dúvidas sobre o potencial dos ativos.
Apesar do balanço de 2020 ainda não ter sido divulgado, já que as normativas da CVM exigem uma série de procedimentos antes da revelação dos resultados, a estimativa é de que a Celg GT alcance lucro líquido superior a R$ 100 milhões, superando os números de 2019 que bateram em R$ 71,1 milhões. Parte desses resultados é atribuída ao trabalho realizado pela diretoria eminentemente técnica escolhida pelo acionista majoritário, que se concentrou em tornar a empresa mais lucrativa, e, também, à modernização da planta instalada, à redução de custeio sem prejuízo da eficiência e, por fim, à melhor operacionalização das atividades de geração e transmissão, sempre valorizando os recursos humanos da empresa.