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A Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson (Foto:divulgação)José Abrão
Goiânia – Ao longo dos anos, a Paixão de Cristo foi tema recorrente no cinema mundial. Para celebrar mais uma Semana Santa, destacamos algumas das representações cinematográficas da vida e da morte de Jesus que se tornaram mais icônicas ou polêmicas.
Ben-Hur (1959)
O clássico filme com Charlton Heston não é necessariamente sobre Jesus, mas a vida de seu protagonista cruza com o caminho do messias diversas vezes e a trama culmina com a sua conversão como um dos primeiros cristãos. O longa acompanha Judá Ben-Hur um judeu que é traído pelo seu melhor amigo, o romano Messala. Uma longa trama de justiça e vingança se desenrola conforme Ben-Hur vai de nobre a escravo e então a herói. Espetacular, Ben-Hur manteve o recorde de maior número de Oscars até 1998, quando foi equiparado por Titanic: 11 estatuetas.
A Paixão de Cristo (2004)
Uma das mais polêmicas e sem dúvida a mais violenta representação da Paixão, este filme dirigido por Mel Gibson também é a produção mais lucrativa já feita sobre a vida e morte de Cristo. Custando R$ 30 milhões, o filme rendeu na época US$ 611 milhões mundo afora. O longa retrata principalmente os acontecimentos da Semana Santa e, além da violência, chama atenção por ter sido rodado inteiramente em hebraico arcaico e por tentar ser o mais historicamente preciso possível. O filme gerou grande controvérsia ao ser considerado antissemita ao pesar a mão na representação dos judeus.
A Última Tentação de Cristo (1988)
Falando em polêmica, este épico dirigido por Martin Scorsese traz Willem Dafoe como Cristo, Harvey Keitel como Judas e David Bowie como Pôncio Pilatos. O longa ficou conhecido por humanizar a figura do messias, com uma representação de Jesus como um homem comum, frágil e cheio de dúvidas. Na cruz, à beira da morte, Ele é tomado por um devaneio: como seria sua vida humana se não tivesse se assumido como Filho de Deus e tivesse vivido uma vida feliz, simples e normal? Esta versão humanizada enfureceu muita gente e o filme sofreu boicotes e mesmo atentados quando estreou nos cinemas.
Jesus Cristo Superstar (1973)
Inicialmente controverso, mas até hoje um dos musicais mais encenados de todo o mundo, este longa, originalmente uma peça de teatro musical, reconta com modernização e muito rock’n’roll a história de Jesus, inclusive a Paixão. A canção ‘Gethsemane’, em que Jesus questiona o seu destino após a Última Ceia, se tornou uma das mais icônicas da dramaturgia contemporânea. Na época de seu lançamento, a peça e o filme foram polêmicos por ser narrada do ponto de vista de Judas. A versão cinematográfica, inclusive, traz uma atuação incrível de Carl Anderson como o traidor. Ao longo dos anos, o papel de Jesus foi representado por grandes cantores e atores como Ted Neely, John Legend, Ben Foster, Lin-Manuel Miranda e até Ian Gillan, das bandas Deep Purple e Black Sabbath.
Ressureição (2016)
Estrelado por Joseph Fiennes e Tom Felton, este também é um longa que se passa ao redor de Cristo. A trama acompanha Clavius, um poderoso centurião romano cético, e seu assessor Lucius, que são enviados por Pôncio Pilatos para resolver o mistério sobre o que aconteceu com Jesus nas semanas após a crucificação. O objetivo é refutar os temores de um Messias ressuscitado e prevenir uma revolta eminente. Naturalmente, as coisas não ocorrem como planejado.
Maria Madalena (2018)
Uma das abordagens mais recentes, este longa traz Rooney Mara no papel principal e Joaquim Phoenix como Jesus Cristo. O filme se diferencia dos demais por ter como tema central a perspectiva de uma mulher sobre a história e os ensinamentos de Cristo. Na trama, a figura de Madalena, muitas vezes retratada como polêmica, é representada na verdade como uma 13ª apóstola: uma seguidora fiel da palavra do Messias. O longa ganhou repercussão especialmente pela atuação de Mara e Phoenix nos papéis principais e por não entrar em temas espinhosos, optando por se focar na fé e na lealdade dos seguidores de Jesus.