A Redação
Goiânia - A superintendente-geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura, participou, nesta terça-feira (25/5) de uma reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e com representantes do governo federal e da Câmara dos Deputados.
Durante o encontro entre a Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e lideranças de 17 Federações de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de várias partes do país, o presidente anunciou que repassará, por medida provisória, R$ 2 bilhões para as Santas Casas e hospitais filantrópicos.
O recurso deve auxiliar as instituições no enfrentamento à covid-19 e no atendimento de demais enfermidades. A expectativa da superintendente geral da Santa Casa de Goiânia e de demais diretores de hospitais filantrópicos é de que a MP seja editada nos próximos dias.
O total a ser destinado à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda não foi definido, mas Irani Ribeiro de Moura afirma que todo valor será bem-vindo. Atualmente, a quase totalidade das internações na Santa Casa de Goiânia é pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na pandemia, o hospital destinou alas exclusivas para o atendimento a pacientes com covid-19 e, com isso, conseguiu salvar mais de 900 vidas.
União
Por parte do governo federal, estiveram presentes também o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. Representando a Câmara, estavam presentes os deputados Antonio Brito (que preside a Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), Pedro Westphalen, Luizinho, Carmem Zanoto, Pinheirinho, Jerônimo Goergen e o líder do Governo, Ricardo Barros. O encontro teve ainda a presença do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Durante a reunião, o presidente da CMB, Mirocles Véras levou à Presidência a discussão sobre a sustentabilidade da área filantrópica, tendo em vista a alta demanda dos hospitais no atendimento à covid-19, somada a outros tipos de casos, além dos impactos da elevação nos preços de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), insumos e medicamentos.
Outra questão abordada o pontuou o cenário pós-pandemia, com a demanda represada por consultas, exames e cirurgias adiadas no atual momento. A saúde filantrópica é responsável por mais de 50% de atendimento da média complexidade do SUS e mais de 70% da alta complexidade.
“Sem esse recurso extraordinário os hospitais filantrópicos não teriam como continuar os atendimentos aos pacientes com covid-19, com o crescente número de casos e o aumento de custos, seja para aquisição de insumos e medicamentos, além da grande preocupação com a demanda reprimida de demais doenças e tratamentos que virão”, falou Véras.
“O governo federal foi receptivo ao nosso pleito, reconhecendo a importância destas instituições e o protagonismo que assumem em defesa do SUS em nosso país”, concluiu.