Théo Mariano e João Unes
Goiânia - Pré-candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), o conselheiro federal Rafael Lara avaliou que nem todos os cinco pré-candidatos apresentados até agora conseguirão reunir 116 advogados em suas chapas e formalizar a inscrição para a disputa deste ano. “Construir cinco chapas para concorrer às eleições vai ser um desafio enfrentado por todos”, disse Lara em entrevista exclusiva ao jornal A Redação nesta quinta-feira (10/6). “Ainda que só duas ou três chapas sejam inscritas, temos que sempre lembrar: a advocacia é uma só e não podemos confundir as eleições com desconstrução.”
Pré-candidato à presidência da OAB-GO, Rafael Lara, em entrevista aos jornalistas João Unes e Théo Mariano / (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
Diretor-geral da Escola Superior de Advocacia em Goiás (ESA-GO) e nome apoiado pelo presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio, Lara assegurou que a situação enxerga que qualquer pessoa “que tenha projeto para o bem da advocacia e queira construir o que o segmento anseia pode somar muito com uma gestão”. Defensor do respeito entre pré-candidatos durante as eleições da Ordem, o conselheiro federal defendeu também uma campanha pautada por ideias "que possam somar na construção contínua de boas propostas à advocacia".
Rafael Lara pontuou ao AR alguns de seus principais projetos para a advocacia goiana. “Precisamos criar em cada subseção [da OAB-GO] um mini estúdio digital”, propôs, como forma de possibilitar maior acesso de advogados a plataformas de qualidade para que a sustentação oral seja viabilizada. Para o conselheiro federal, é necessário ter “sensibilidade” para a compreensão das demandas - observando a particularidade de cada região.
Pré-candidato à presidência da OAB-GO, Rafael Lara, em entrevista ao jornal A Redação / (Fot: Letícia Coqueiro/A Redação)
Isso, segundo Rafael Lara, seria garantido a partir da valorização das diretorias de cada subseção. “O trabalho deve ser feito de mãos dadas”, prosseguiu o diretor-geral da ESA-GO. O pré-candidato justificou que “pessoas qualificadas, em posições específicas, conseguem extrair resultados melhores de suas atuações”.
O conselheiro federal alertou para os diversos empecilhos trazidos pela pandemia do novo coronavírus e acredita que o judiciário entrará “em uma nova fase”. “Uma sociedade empobrecida reflete na advocacia. Precisamos criar métodos para atingir pontos nevrálgicos deste momento, sobretudo com propostas inovadoras”, considerou. Uma das formas para facilitar, por exemplo, a captação de clientes seria a criação de uma incubadora de novas oportunidades para jovens advogados.
“A incubadora vem com o objetivo de trazer oportunidades para a advocacia que está chegando agora e quer empreender em busca de uma colocação em um difícil mercado”, pontuou. Para Lara, esta é uma das formas de se trazer oportunidades no momento pós-pandemia. “Acredito também na ressocialização. Esse período de isolamento traz consequências na saúde, as pessoas ficam bastante angustiadas e quero pensar que teremos uma OAB-GO com inclusão da advocacia no interior e nas capitais.”
Pré-candidato à presidência da OAB-GO, Rafael Lara / (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
A socialização, se aprofundou, poderá ser feita inclusive por meio de ações relacionadas ao esporte. “Precisamos de uma aproximação dessa socialização em todo o Estado. Para termos, por meio da prática esportiva, uma ressocialização e até mesmo um resgate dessa convivência com o outro”, ponderou.
Com uma pré-campanha baseada em “ouvir”, Lara também assegurou um trabalho pela garantia das prerrogativas da advocacia. “É por meio das prerrogativas que conseguimos proporcionar a todo cidadão pleno acesso aos seus direitos.”
As eleições da OAB-GO estão previstas para a segunda quinzena de novembro. A campanha oficial da disputa será iniciada em meados de setembro, com a inscrição das chapas concorrentes.