Jales Naves
Especial para o jornal A Redação
Goiânia - Ao procurar suas origens, para descobrir seus antecedentes, pois tinha poucos dados a respeito, Cláudio Rezende se deparou, de repente, com um volume de informações que o estimulou a escrever um livro, que resultou em “Família Resende/Rezende – Genealogia das Minas aos sertões”, 620 páginas, de 2018, que lançou pela Editora Kelps, de Goiânia. Ele partiu do indicativo de que, no Brasil, a família Resende ou Rezende, em geral, sempre teve as origens associadas ao casal de açorianos João de Resende Costa e Helena Maria de Jesus, em razão de ter sido objeto de pesquisas e publicações por parte de historiadores e genealogistas.

Com a obra, os dados de pesquisa levaram a desvendar um tronco familiar cujas origens remontam ao norte de Portugal e que adentrou a Colônia no ciclo do ouro, fixando raízes nas Minas Gerais. “Desse tronco, pelos menos cinco irmãos deslocam-se para o Triângulo Mineiro e os descendentes se expandem aos estados vizinhos, dentre os quais Mato Grosso do Sul e Goiás”, afirmou.
As famílias vão se unindo a outras e, dentre essas, os Naves apareceram nessa relação, em três momentos, conforme mostrou, em visita ao jornalista Jales Naves, quando lhe entregou um exemplar de sua obra, autografado, e ganhou, também autografado, um exemplar do livro “Otávio Lage – Empreendedor, Político, Inovador”, que Jales lançou em 2014.
Dos Rezende que se destacaram em Goiás e que também integram a família Naves está Íris Rezende Machado (p. 395), filho de Filostro Machado Carneiro e Genoveva Vieira de Rezende; Filostro era filho de Limírio Pereira Machado e Isabelina (Zebelina) Naves Carneiro. Genoveva era filha de Caetano Alves de Rezende (Caetano Lucas) e Laudelina Vieira da Rocha, que se casaram em 08.02.1902 e residiram na fazenda das Araras, município de Araguari, migraram para o sul de Goiás e fixaram residência no município de Buriti Alegre, posteriormente Morrinhos e Santa Cruz de Goiás.
Segunda família dos Rezende
Goiano de Itumbiara, onde nasceu no dia 20 de agosto de 1959, descendente de mineiros, apaixonado pela genealogia e historiador pela Universidade Estadual de Goiás, Cláudio Bastos Rezende mora em Itumbiara, cidade adotada pelos avós, vindos do Triângulo Mineiro e que ali fixaram residência. Microempresário, com uma franquia dos Correios, é membro da União Brasileira de Escritores, Seção de Goiás, e da Academia Itumbiarense de Letras e Artes (AILA), ocupando a cadeira nº 31, que tem como patrono o presidente da Câmara Municipal na década de 1950, Vigilato Pereira de Almeida. O seu livro, sobre a origem da família, reforça a ideia de que há no Brasil pelo menos uma segunda família Rezende, e foi lançado durante encontro familiar em Araxá, MG.
A família que descobriu, e da qual se originou, começou com Caetano de Souza Rezende, que se casou com Quitéria Maria da Conceição (Carrijo) e eram pais de 11 filhos, dentre os quais a décima, Genovepha Alves de Rezende, que se casou com João Pereira da Rocha; uma de suas filhas, Antônia Alves Pereira (Rezende), casou-se com Manoel Vieira da Costa, na Paróquia de Sant’Ana do Rio das Velhas, atual Indianópolis, MG, que foram pais, dentre outros, de Genoveva Vieira de Rezende, que se casou com Lucas Alves de Carvalho, por volta de 1868, e que residiram em Araguari, MG.
Seu primeiro filho foi Antônio Alves de Rezende (Antônio Lucas), que se casou com Virgínia Cândida Pereira, no distrito de Amanhece (Araguari), sendo um dos filhos José Rezende Sobrinho (Zé Lucas), que se casou com Catarina de Souza Coelho, no distrito de Piracaíba, também em Araguari, e migraram para Itumbiara, sendo um dos seus filhos João de Rezende (João Lucas), que se casou com Marina Jorge de Bastos; um dos filhos do casal é o autor do livro, Cláudio Bastos de Rezende, que foi casado com Rita de Cássia Motta Sampaio, pais de Cláudia Sampaio Rezende e Rodrigo Sampaio Rezende.