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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Educação de Goiânia investe em tecnologia para ampliar sistema pedagógico

Secretário explica as novidades; confira | 31.08.22 - 15:36 Educação de Goiânia investe em tecnologia para ampliar sistema pedagógico Wellington Bessa, secretário de Educação de Goiânia (Foto: Caroline Louise/ A Redação)
Ludymila Siqueira 

Goiânia -
 "Vimos a necessidade de implantar ferramentas tecnológicas para aproximar toda a comunidade escolar e oferecer uma gestão ainda mais completa à Educação de Goiânia, tanto no âmbito administrativo, como também no pedagógico". A afirmação é do titular da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME), Wellington Bessa. Em entrevista exclusiva concedida na sede do jornal A Redação, o secretário explicou que os novos investimentos na área de tecnologia e inovação visam conectar mais os alunos. "Será importante também para ajudar a superar a questão da perda de aprendizagem devido à pandemia da covid-19", completa. 
 
De acordo com o titular da SME, foram desenvolvidas ferramentas tecnológicas para ampliar a gestão da pasta no ensino infantil, fundamental e também na Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Goiânia. Um sistema que integra o programa "Smart Educação", desenvolvido no final do ano de 2021.

Dentro desse projeto está o "Conecta Educação", que conta com 22 módulos, como o sistema de reconhecimento facial para acesso às unidades escolares da capital. Em sua fase final de implantação, a ferramenta vai funcionar como contagem de frequência de alunos e servidores que fazem parte das 372 escolas da rede municipal de ensino de Goiânia. 
 
"Os 108 mil estudantes e 16 mil servidores que integram as instituições públicas de ensino da capital goiana serão beneficiados com o sistema, que substituirá a frequência letiva, que, até então, ocorre de forma manual. Automaticamente, irá auxiliar também no controle da presença destes alunos nas salas de aula, principalmente para evitar a evasão escolar", explica ao ressaltar que a fase final de implantação da ferramenta nas unidades está prevista para terminar neste mês de setembro. 


Jornalista Ludymila Siqueira e o secretário municipal de Educação de Goiânia, Wellington Bessa (Foto: Caroline Louise / A Redação)
 
Ao jornal  A Redação, Bessa ressaltou que dentro destes 22 módulos do Conceta Educação há ainda, em andamento, a implantação de uma biblioteca digital, geração de conteúdos e provas on-line, além de um módulo específico para tratar a prestação de contas dos gestores dessas unidades escolares em relação à utilização dos recursos disponibilizados.
 
Além disso, o programa propõe um mapa educacional digital completo, que visa facilitar o acompanhamento de aprendizagem dos estudantes na sala de aula. Esse controle ocorrerá por meio das notas obtidas nos boletins destes alunos, onde os pais também terão acesso direto via aplicativo. Outro ponto diz respeito ao acompanhamento destes responsáveis em todas as atividades dos filhos dentro das unidades escolares, como hora de entrada, lanches, hora de saída, entre outros. 

"Imagina, pais, mães ou outros responsáveis podendo acompanhar, de forma remota, as atividades dos filhos dentro das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Ou seja, são investimentos de inovação que permitirão, de forma completamente digital, uma gestão educacional completa, que visa, ainda, uma melhor integração entre a Secretaria de Educação, entre os gestores das unidades escolares e toda a comunidade escolar", pontua o secretário ao frisar que todos os professores e servidores já estão sendo preparados para este novo modelo de ferramentas pedagógicas e administrativas. 

Laboratório Maker e Robótica 
Outra ação da Smart Educação é a integração da tecnologia pedagógica nos laboratórios makers e também de robótica, que visam aliar o ensino à tecnologia. Atualmente, as escolas municipais Presidente Vargas, Alice Coutinho e João Vieira da Paixão, todas na capital, já contam com o serviço, que oferece computadores, internet banda larga, rede lógica, televisão, quadro de ferramentas do material para uso Maker e mobiliário para as aulas no ambiente tecnológico. 
 
“É um projeto que fomenta o estudo, por exemplo, da matemática, da física e da biologia dentro de um laboratório que até pouco tempo era utilizado como um ambiente informatizado com poucos computadores. Máquinas que não eram usadas de forma efetiva para fins pedagógicos. Ou seja, hoje esses ambientes, que estão totalmente equipados, promovem a interação e despertam o interesse do aluno pela escola. Queremos que nossos estudantes aliem a tecnologia ao aprendizado em sala de aula”, enfatiza Wellington Bessa. 


À esquerda, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. Ao centro, aluno do Escola Municipal Presidente Vargas.
À direita
, o secretário municipal da Educação de Goiânia, Wellington Bessa. (Foto: Prefeitura de Goiânia)
 
Durante a entrevista ao jornal A Redação, o secretário adiantou que até o final do mês de setembro serão entregues mais oito laboratórios makers e de robótica. O foco da pasta, conforme pontuado pelo titular, é que até o fim deste ano de 2022, a Educação Municipal de Goiânia tenha 50 destes ambientes tecnológicos já implantados nas instituições de ensino da capital.
 
"O que há de mais moderno em robótica e da cultura 'de fazer você mesmo', nós teremos na Educação Municipal. Essas ferramentas são muito importantes para aumentar o interesse do aluno e, assim, diminuir a evasão escolar, além de contribuir para a formação de professores. Junto com esses projetos vem o ensino da linguística, de línguas estrangeiras, entre outros ensinamentos, ou seja, não estamos apenas criando laboratórios, estamos formando nossos professores e nossos alunos para que possamos desenvolver melhores conteúdos", acrescenta ao ressaltar que os ambientes contemplam estudantes do 1º ao 9º do ensino fundamental, além do EJA. 

Lições da pandemia da covid-19  
Bessa assumiu o comando da SME em março de 2021, um ano após o início da pandemia da covid-19 no Brasil. À época, as aulas ainda estavam suspensas devido aos altos índices de casos e mortes provocadas pela doença em todo o País. Em razão do distanciamento social, proposto como forma de evitar a propagação do novo coronavírus, as aulas passaram de presenciais para o digital. E assim foi durante alguns meses. 

No entanto, de acordo com informações do titular da pasta da Educação, apenas 25% dos estudantes do ensino público municipal de Goiânia conseguiram acesso a pelo menos um conteúdo digital, sendo que a maioria precisou ir à instituição buscar materiais físicos. "Quando iniciei na Secretaria, observei a enorme necessidade de retornar às atividades presenciais, porque esses estudantes, por vezes, estavam perdendo 100% da aprendizagem. Não medimos esforços, trabalhamos na saúde de nossos servidores, buscamos nos aproximar dos alunos e dos responsáveis, com o objetivo de evitar a evasão escolar. Mesmo com o retorno de forma presencial no 2º semestre, foi no sistema híbrido", lembra. 


Secretário municipal da Educação de Goiânia, Wellington Bessa (Foto: Caroline Louise/ A Redação)

Ainda segundo o secretário, a pandemia foi um dos fatores principais para a necessidade de recursos tecnológicos como forma de aproximar e integrar os estudantes dentro da sala de aula, além de proporcionar uma educação ainda mais completa. "Fechamos o ano de 2021 ainda de forma muito complexa. Isso demonstrou de forma clara essa importância de investir em recursos de tecnologia tanto para a área pedagógica, como para administrativa, como forma até mesmo de facilitar processos. Sem falar que não dá pra ignorar que nossos estudantes hoje estão mais à frente em relação à conexão via internet", finaliza. 

 


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