A Redação
Goiânia - O governador Ronaldo Caiado classificou como "um crime praticado contra Goiás" a eventual suspensão do plano de manutenção e obras colocada em execução pela Enel Distribuição Goiás às vésperas do período chuvoso. O caso foi alvo de uma notificação por parte do Procon Goiás, de uma ação civil pública via Procuradoria-Geral do Estado (PGE), e também motivou uma reunião, neste sábado (22/10), entre o governador e auxiliares de governo para elaborar um plano de ação contra tal medida.
"É uma sabotagem o que nós estamos assistindo neste momento", declarou Caiado em entrevista coletiva. "Aqui ficaram por cinco anos e tiveram lucros importantes e, realmente, não teve essa retribuição na qualidade de energia elétrica", comentou sobre o período em que a Enel assumiu a distribuição de energia no Estado.
O governador confirmou que na segunda-feira (24/10) fará uma reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, na quarta-feira (26), terá uma audiência no Ministério de Minas e Energia. Ambos os encontros para abordar a conduta da Enel.
"É uma urgência urgentíssima. Estamos exigindo que todas as equipes de manutenção voltem e que, em primeiro lugar, possam fazer o trabalho preventivo. Em segundo, se já tá caracterizando um processo de batida e retirada da Enel do Estado, que a Equatorial então tenha condições de assumir o mais rápido possível", explicou o governador.
Na notificação enviada pelo Procon, é solicitado que a Enel esclareça os motivos que levaram a empresa a determinar a paralisação dos serviços de manutenção e obras, bem como de demandas relacionadas à poda de árvores das redes de baixa e média tensão, além de outros. A distribuidora de energia também terá de apresentar ao órgão de defesa do consumidor um cronograma de transição de gestão para a empresa Equatorial Energia, que anunciou compra da distribuidora de energia em setembro.
(Foto: divulgação) 
