Ludymila Siqueira
Goiânia - O artista plástico Siron Franco lamentou a aprovação definitiva do projeto que doa a antiga sede da Assembleia Legislativa de Goiás, localizada no Setor Oeste, em Goiânia, ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). "Goiás, como o restante do Brasil, não vê a cultura como algo importante para a sociedade. Goiás sempre foi assim. Uma pena", disse em entrevista ao jornal A Redação. De autoria do deputado estadual Lissauer Vieira (PSD), a proposta que destina o prédio ao Tribunal foi aprovada em 2ª e última votação nesta quinta-feira (3/11).
Para Siron, faltou sensibilidade por parte dos parlamentares. "Os políticos não têm cultura suficiente para entender o que é, de fato, a cultura. Mas a gente não desiste", completou o artista, que se mobiliza há algum tempo, ao lado de outros representantes da arte goiana, para que a antiga sede da Assembleia receba o Palácio da Cultura.
Impasse
O assunto passou a ser discutido logo depois que foi encaminhada a transferência da Assembleia Legislativa para a nova sede, que fica no Park Lozandes, em Goiânia. Mesmo com a ideia de doação do prédio para o TCM, ganhou força a possibilidade do edifício abrigar o Palácio da Cultura.
O impasse, no entanto, diz respeito à revogação da Lei nº 17.990, de 26 de março de 2013, que autorizava a doação, ao município de Goiânia, do prédio onde se encontrava a sede da Alego, ao lado do Bosque dos Buritis. O imóvel havia sido doado ao município, mas não foi escriturado, o que acabou inviabilizando o termo de doação. Sendo assim, a Prefeitura não teria autorização para viabilizar uma ocupação para a área.
Diante disso, a gestão municipal se manifestou, por meio de nota, e destacou que trabalha para viabilizar a implementação do Palácio da Cultura em outro equipamento cultural da cidade. "A gestão segue comprometida com a valorização da arte e dedicada a implementar os projetos elencados junto ao segmento artístico da capital", arrematou.
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Siron Franco (FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER)
