- No colo da mãe e cercada por servidoras do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad),
A publicação causou um alvoroço entre quem acompanha o caso, com centenas de mensagens de carinho para a dupla que segue na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hecad. Segundo o último boletim, Heloá segue com melhora clínica, em uso de antibiótico e aceitando bem a dieta oral.
Segundo o último boletim, Heloá apresenta evolução clínica favorável, com necessidade de antibióticos, respirando sem ajuda de aparelhos e se alimentando sozinha. Sobre Valentina, porém, o documento diz que ela "segue grave, com melhora hemodinâmica, sendo suspenso medicamento para controle da pressão arterial, respirando artificialmente por suporte ventilatório mecânico, em coma induzido devido status epiléptico e em redução dos anticonvulsivantes. Segue em uso de antibiótico e em dieta zero com sonda nasogástrica."
Alta complexidade
As meninas nasceram em Guararema (SP), mas a família se mudou para Morrinhos, no sul de Goiás, para ficar mais próxima da unidade de saúde, uma das poucas no país que realiza o procedimento de separação, considerado de alta complexidade. Elas estavam ligadas pela bacia, configurando um caso de gêmeas isquiópagas, classificado como um dos mais complexos da cirurgia pediátrica.
Desde 2021, Valentina e Eloá passaram por diversos atendimentos, sendo que todo o processo de separação tem três etapas. A primeira foi a colocação dos expansores - espécie de tecido que tem a função de estimular o crescimento da pele -, que aconteceu no ano passado. O segundo passo foi a própria cirurgia, e o último é o pós-operatório, momento muito importante para a recuperação das pacientes.