A Redação
Goiânia - "O lado do empregado e do empregador precisa ser o mesmo. Temos percebido, por exemplo, que as grandes empresas estão buscando, constantemente, trazer seus trabalhadores para dentro da sua estrutura, inclusive gerencial, onde as decisões são tomadas”. A declaração, do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi,, foi dada durante debate em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho na segunda-feira (2/5). O evento, promovido pela Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTb-GO), contou com a parceria do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) e do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO).
Na ocasião, o também
vice-presidente da CNC, Baiocchi destacou a importância de um diálogo transparente entre empresários e trabalhadores. “Nós entendemos, cada vez mais, que a relação, quanto mais transparente e mais debatida, é mais bem assistida pelos seus representantes sindicais, logo fica mais fácil de mantermos a relação trabalhista. Não existe um empresário sem haver quem trabalhe com ele e não existe emprego sem aquele que gere a empresa. É muito ruim quando entramos em um debate em que se precisa estabelecer apenas um lado e nós, aqui, não temos lado”, analisou.
O evento foi palco de um intenso debate sobre os impactos do mundo do trabalho nas relações laborais, abordando, por exemplo, pautas como o home office e a jornada de trabalho em modelo híbrido, além da visão dos órgãos públicos relacionados à área do trabalho e entidades classistas profissionais e patronais.
O principal objetivo da iniciativa foi conscientizar a sociedade quanto à importância da solução dos litígios pela via do diálogo, da conciliação, além da disseminação da cultura da paz.
Em sua participação, Baiocchi também chamou atenção para as importantes contribuições que o colaborador, independentemente do seu nível hierárquico, consegue trazer para as escolhas das empresas. “Temos visto que as experiências, mesmo de quem trabalha no que chamamos de chão de fábrica, são tão importantes quanto as sessões da alta gestão, pois é ali no ambiente operacional que estão as melhores ideias para se ter mais produtividade, menor desperdício e maior rentabilidade. Valorizar essas contribuições gera uma relação cada vez mais saudável e, nesse ambiente colaborativo e de valorização, várias empresas conseguem estabelecer um vínculo com os seus empregados, aquele vínculo que é de sentir orgulho de fazer parte da corporação”, ressaltou.
Além do presidente da Federação, também participaram do debate o presidente em exercício do TRT-18, Desembargador Eugênio José Cesário Rosa, o procurador-chefe do MPT-GO, Alpiniano Lopes, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria nos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal (FTIEG-TO-DF), Pedro Luiz Vicznevski, a superintendente da SRTb-GO, Sebastiana Batista, a coordenadora de Negociação, Mediação e Arbitragem da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho (Brasília), Rafaele Rodrigues, e o auditor-fiscal do Trabalho e chefe do Setor de Fiscalização do Trabalho da SRTb/GO, Afonso Borges.
(Foto: Divulgação) 
