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Redes de água e esgoto contam com materiais e diâmetros específicos

Saneago é responsável pela manutenção | 15.10.23 - 08:18 Redes de água e esgoto contam com materiais e diâmetros específicos (FOTO: DIVULGAÇÃO)
A Redação

Goiânia- 
Para cumprir com a missão de levar água tratada à população goiana, bem como coletar e tratar o esgoto sanitário, a Saneago conta com uma extensa variedade de redes, de diferentes materiais e diâmetros. Considerando apenas água, são mais de 32 mil quilômetros de redes – para ilustrar essa extensão, com essa quilometragem de redes seria possível ir oito vezes do Caburaí (RR) ao Chui (RS), conhecidos como os dois extremos territoriais do Brasil. Acompanhando o crescimento das cidades e os avanços dos estudos em relação à infraestrutura de saneamento, evoluem também as técnicas e os componentes utilizados na instalação das tubulações.
 
Para redes de distribuição de água, no geral, os atuais projetos utilizam o PVC e o ferro fundido como materiais. Além de possuir melhor custo-benefício, eles são operacionalmente mais seguros e apresentam melhor resistência, estanqueidade (sem vazar), além de agilidade na execução e facilidade na manutenção. A Companhia estuda ainda o uso do polietileno de alta densidade, também conhecido como PEAD, que surge como uma novidade do mercado. No passado, as tubulações eram comumente fabricadas em fibra de vidro e cimento amianto, materiais que já entraram em desuso e vem sendo substituídos gradativamente.
 
Para a escolha do melhor material, são observados fatores como a pressão que a tubulação terá de suportar e o local onde ela será instalada. Em trechos aéreos, por exemplo, a tubulação escolhida não poderá ser de PVC, pois este material não pode ficar exposto a intempéries, como sol e chuva. Já o diâmetro é definido pela vazão de água a ser transportada e a diferença de nível entre o ponto inicial e final da rede.

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Na Saneago, o diâmetro mínimo utilizado para redes de água é de 50 milímetros, podendo chegar a 500 milímetros. Tubos com diâmetro maior são chamados de adutoras e tem a função de interligar as unidades de captação e tratamento de água às redes menores, de distribuição, responsáveis por levar a água tradada às residências. Neste último caso, além do PVC e do ferro fundido, a Companhia utiliza também o aço, especialmente em tubulações com mais de 800 milímetros.
 
Atualmente, a maior adutora da Saneago tem 1.727 milímetros – o que equivale à altura média masculina brasileira, ou seja, daria para ficar em pé dentro da tubulação sem precisar se curvar – e faz parte do Sistema Mauro Borges. Lembrando que os diâmetros e materiais variam de acordo com as especificidades de cada projeto, mas todos são definidos com base nas normas NBR 12218:2017 e NBR 12215-1:2017, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que definem os procedimentos para projetos de redes de distribuição de água e adutoras para abastecimento público.
 
Redes de esgotamento sanitário
Para redes de esgotamento sanitário, a Companhia adota um sistema coletor de esgotos do tipo modular, que é fabricado 100% em PVC. Muitas companhias de saneamento ainda adotam o sistema convencional, que possui redes em PVC, mas conta com os elementos de inspeção – como poços de visita – em concreto e alvenaria. No caso da Saneago, o elemento de inspeção utilizado – chamado de tubo de inspeção e limpeza  – também é de PVC, dando maior estanqueidade ao sistema.
 
 

(foto: divulgação)
 
A vantagem da técnica utilizada pela Companhia é a eficiência da vedação. Com o uso do PVC em toda a extensão de rede, há considerável redução na infiltração de águas de chuvas e na entrada de sólidos e outros detritos que podem obstruir a rede. Dessa forma, é possível elaborar projetos com dimensionamento mais enxuto e diminuir também as manutenções operacionais quando a rede está em carga.
 
A durabilidade da tubulação tem relação direta com o material. No caso das redes de esgoto, as tubulações em PVC possuem maior resistência aos gases liberados pelo efluente, principalmente o gás sulfídrico. Em condições normais, a durabilidade média desse material é de 60 anos, podendo chegar até 100 anos.
 
Assim como nas redes de água, o diâmetro das tubulações de esgoto é definido a partir dos parâmetros de vazão, material, declividade, velocidade e tensão trativa do trecho. De acordo com a NBR 14486/00, norma que trata dos projetos de redes coletoras de esgotos, o diâmetro mínimo a ser adotado é de 100 milímetros. Para interceptores, coletores ou emissários, que tem maior diâmetro, o uso deste material é facultativo, variando de acordo com o projeto. Para tubos tem tenham mais de 400 milímetros, são utilizadas tubulações em concreto armado ou PEAD.


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