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Tensões no Mar Vermelho se elevam | 13.01.24 - 08:39
(Foto: divulgação) Brasília - Os Estados Unidos realizaram uma nova rodada de ataques no Iêmen, um dia depois de as forças lideradas pelo país terem lançado ataques navais e aéreos contra pelo menos 28 alvos controlados pelos rebeldes Houthis. Na manhã deste sábado (13/1), horário do Iêmen, os EUA atacaram uma instalação de radar controlada pelos Houthis como parte de um esforço "para degradar a capacidade dos Houthis de atacar navios, incluindo navios comerciais" no Mar Vermelho, disse o Comando Central dos EUA, que supervisiona as operações do país no Oriente Médio.
Os rebeldes Houthis responderam aos ataques de sexta-feira dizendo que não causaram danos significativos e que o grupo não se intimidaria em lançar mais ataques contra alvos norte-americanos e internacionais na região. Os ataques e as promessas de retaliação são os mais recentes sinais de que o conflito resultante da guerra Israel-Hamas em Gaza está se espalhando pelo Oriente Médio, com o Mar Vermelho como um novo ponto de conflito entre Washington e vários grupos apoiados pelo Irã.
"Todos os interesses americanos e britânicos tornaram-se alvos legítimos das forças armadas iemenitas em resposta à agressão", afirmou em comunicado o Conselho Político Supremo dos Houthis, que controlam a capital do Iêmen, Sanaa, e partes do território. Um porta-voz Houthi, Mohammed Abdul Salam, disse que mais ataques no Mar Vermelho eram iminentes: "Isso não vai nos deter".
Os ataques, principalmente às rotas marítimas, continuarão em solidariedade com Gaza após a invasão de Israel, acrescentou. Os ataques, conduzidos pelas forças dos EUA e do Reino Unido e apoiados por Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda, visaram sistemas de radar e de defesa aérea, bem como locais de armazenamento e lançamento dos mísseis de cruzeiro e balísticos dos Houthis, de acordo com o Comando Central dos EUA.
Os Houthis disseram que as forças lideradas pelos EUA conduziram 73 ataques que mataram cinco e feriram seis militantes, mas que os danos à sua infraestrutura foram limitados. Os Houthis, um movimento político e uma milícia cuja ideologia faz parte da ramificação Zaidi do Islã Xiita, têm travado uma disputa prolongada com o governo iemenita internacionalmente reconhecido. Inicialmente, lançaram ataques contra Israel após o início da sua ofensiva em Gaza.
Depois de não terem conseguido penetrar nos sistemas de defesa aérea de Israel, voltaram-se para outros alvos, principalmente rotas marítimas internacionais, incluindo aquelas que entravam e saíam do Canal de Suez. Na sexta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse: "garantimos que responderemos aos Houthis se eles continuarem com este comportamento ultrajante". Um alto funcionário militar dos EUA disse a jornalistas que os ataques foram significativos.
Alguns observadores, no entanto, duvidaram da capacidade de degradar significativamente as capacidades Houthi. Um cessar-fogo efetivo desde 2022 entre os Houthis e a Arábia Saudita, que apoia o governo deposto do Iêmen, permitiu ao grupo armazenar mísseis e munições.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que Moscou condenou os ataques, chamando-os de imprudentes e aventureiros. O Ministério das Relações Exteriores do Iraque criticou os ataques e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que eram desproporcionais. (Agência Estado)