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ECONOMIA

Jussara recebe autorização para exportar melancia, melão e abóbora

17 municípios goianos contam com a permissão | 11.02.24 - 12:08 Jussara recebe autorização para exportar melancia, melão e abóbora (foto: Wenderson Araujo/CNA)
A Redação 

Goiânia
- A partir de agora, produtores de Jussara, cidade que fica no Noroeste de Goiás, poderão exportar melancia, melão e abóbora. Por meio do trabalho da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do Governo de Goiás, mais um município foi incluído no Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para a praga Anastrepha grandis, uma espécie de mosca-das-frutas, em cultivos de cucurbitáceas. Com isso, os produtores poderão exportar frutos frescos de cucurbitáceas para países que têm restrições quarentenárias com relação à praga.

Jussara é o 17º município goiano a receber o status que permite a exportação desses frutos. O reconhecimento foi feito pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDA/Mapa), com a publicação da Portaria nº 1.002/2024 no Diário Oficial da União (DOU) de 1º de fevereiro de 2024.
 
“A Agrodefesa tem um papel muito importante junto ao fruticultor, auxiliando-o quanto à legislação e normas técnicas para habilitar questões, como essa das exigências para exportação de cucurbitáceas, como melancia, melão e abóbora, que têm grande importância econômica para o nosso Estado”, avalia o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos. “Ter mais um novo município reconhecido é mérito também dos nossos servidores que, junto aos responsáveis técnicos engenheiros agrônomos, têm obtido resultados importantes como esse para o nosso Estado.”
 
O status tem sido alcançado pelos municípios goianos desde 2006, sendo implementado primeiramente em Uruana, Carmo do Rio Verde, Itapuranga e Jaraguá – grandes produtores de frutas no Estado. Além desses municípios, também foram reconhecidos com o status: Rio Verde, Santa Helena, Maurilândia, Cristalina, Ipameri, Goianésia, São Miguel do Araguaia, Edealina, Luziânia, Nova Crixás, Rubiataba e Porangatu.
 
“O trabalho da Agrodefesa vai desde a orientação quanto aos procedimentos, preparação da documentação junto ao responsável técnico, até os trâmites com o Ministério para o reconhecimento do Sistema de Mitigação de Risco para essa praga”, explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.
 
Os últimos dados da Produção Agrícola Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PAM/IBGE) apontam que, em 2022, Goiás produziu 239 mil toneladas de melancia, sendo o maior produtor nacional da fruta. No ranking entre os maiores exportadores, de acordo com o Agrostat do Mapa, o Estado ocupa a sétima posição, tendo comercializado US$106,7 mil (em Valor FOB) e 1.361 toneladas da fruta para outros países em 2023. Entre os principais destinos da melancia goiana estão Paraguai, Uruguai e Argentina.
 
Procedimento técnico
Para o reconhecimento de novos municípios, o produtor interessado deve realizar levantamentos fitossanitários em cultivos de cucurbitáceas por período mínimo e ininterrupto de seis meses, devidamente acompanhado por um Responsável Técnico (RT) habilitado pela Agrodefesa. Após os seis meses, a Agência elabora um projeto com os dados do levantamento e encaminha ao Ministério da Agricultura solicitando o reconhecimento oficial do novo município no SMR.
 
Coordenador do Programa de Sistema de Mitigação de Risco para Cucurbitáceas da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira conta que, no caso de Jussara, o produtor manifestou o interesse à Agrodefesa em aderir ao SMR como opção de manejo da praga para produção de cucurbitáceas. Ele iniciou o levantamento de detecção e delimitação da praga em dezembro de 2022, pelo período ininterrupto de seis meses. “Após os seis meses, elaboramos o projeto com os dados do levantamento e encaminhamos ao Ministério da Agricultura solicitando o reconhecimento oficial do novo município no SMR. Com a publicação da Portaria, o município está oficialmente reconhecido”, destaca o gestor. 
 
Além de trabalhar diretamente com os produtores, a Agrodefesa e Mapa também ministram cursos de capacitação para engenheiros agrônomos visando a habilitação para a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) e Certificação Fitossanitária de Origem Consolidada (CFOC) para a praga Anastrepha grandis em cucurbitáceas.

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