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(Foto: Fabio Charles Pozzebom/Agência Brasil) São Paulo - O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o país europeu e o Brasil compartilham a mesma visão em relação à guerra na Ucrânia. O líder francês disse que o Brasil se colocou desde o início contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas ponderou que os países podem tomar decisões diferentes sobre determinadas questões.
"Nós tivemos uma discussão muito franca e completa sobre esse tema. A discussão refletiu claramente o fato de que o Brasil, desde o início, sem margem de dúvida, condenou a agressão da Ucrânia pela Rússia", frisou o francês, em declaração à imprensa após reunião bilateral com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (28/3), no Palácio do Planalto.
Na avaliação de Macron, é preciso ter clareza em relação ao que cada país pensa. "Que as coisas sejam claras: estamos do mesmo lado, direito internacional, soberania dos povos, e o fato de que quando o país é atacado nas suas fronteiras por uma potência terceira, nós condenamos. A seguir, tomamos decisões que podem ser diferentes", disse o líder francês.
Macron pontuou ainda que, se houver uma escalada na agressão por parte da Rússia, os países precisarão se organizar. Ele, contudo, disse não querer fazer uma "lição de moral" a ninguém sobre quem Lula convida, referindo-se ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. O líder brasileiro, contudo, disse que, por estar distante fisicamente da Ucrânia, "não sou obrigado a ter o mesmo nervosismo que tem o povo francês, que está mais próximo".
Visões heterogêneas
Lula citou que, junto com Putin, Brasil e Rússia fazem parte de várias organizações internacionais com países de visões heterogêneas. "Esses fóruns que participamos não são fóruns iguais, são fóruns de Estados, de países e, portanto, precisamos respeitar o direito de cada um de fazer aquilo que quer no seu país, criticando com aquilo que você não concorda", comentou.
O brasileiro disse que o país "nunca teve dúvida" em relação à guerra na Ucrânia. "Nós não concordamos, nos colocamos contra a guerra, e resolvemos não tomar lado porque queremos criar condições de encontrar um jeito de voltar a mesa de negociação e eu dizer para você: 'Aquela guerra só vai ter uma solução, que vai ser a paz; os dois bicudos vão ter que se entender'", frisou, voltando a se classificar como um "pacifista nacional e internacional; quem quiser discutir paz, me convide que eu vou, quem quiser discutir guerra, não me convide". (Agência Estado)