A Redação
Goiânia - Depois de passar por uma criteriosa seleção e um intenso processo de capacitação, a primeira família acolhedora de Goiânia recepcionou nesta semana um bebê de sete meses que foi afastado temporariamente dos pais, por motivo de abandono ou violação de seus direitos. Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), responsável pela iniciativa na capital, a ideia é oferecer uma medida de proteção temporária para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Na prática, os menores são acolhidos por famílias inscritas no Serviço de Acolhimento da Família Acolhedora (Safa), preparadas e selecionadas para proporcionar cuidado e atenção, criando um ambiente de afeto e proteção. Conforme estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Artigo 34 § 1, o acolhimento familiar é preferível ao acolhimento institucional, garantindo sempre o caráter temporário e excepcional da medida.
A iniciativa, de acordo com a Sedhs, visa oferecer cuidado individualizado, quebrar ciclos de violência, proporcionar experiências em ambientes afetivos alternativos, além de fortalecer vínculos familiares, estimular a autoestima e promover o desenvolvimento físico das crianças. "O acolhimento familiar é previsto até que seja possível o retorno à família de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção", pontua o coordenador do programa, José Neto dos Santos.
Ele lembra que o serviço está em funcionamento desde julho de 2023, localizado na Rua C-198, Quadra 494, Lote 17, Setor Jardim América. Para mais informações, o interessado pode entrar em contato pelo telefone (62) 98546-8302.