A Redação
Goiânia - Goiânia recebe, nos dias 1 e 2 de junho a ‘Jornada do Autismo em Goiás’. De acordo com a organização, cerca de 1,8 mil pessoas devem participar do congresso multidisciplinar, que ocorrerá no Centro de Convenções. O evento contará com a participação de cerca de 30 palestrantes, entre médicos, advogados, psicólogos, ativistas, autistas e fonoaudiólogos. O objetivo é promover conscientização e capacitação para o enfrentamento dos desafios associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A jornada pretende reunir profissionais de saúde, da educação, do direito, assim como mães e familiares atípicos para discutir sobre o tema com base em evidências.
A fundadora do congresso, Sarita Melo, é mãe atípica e, segundo ela, a organização é composta de mães que conhecem de perto os desafios do autismo.
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“Somos mães de autistas impulsionadas pela experiência única de vivenciar em primeira mão as alegrias e necessidades especiais de nossas crianças. Nos conhecemos acorrentadas buscando direitos por nossos filhos em Brasília. Sentimos de perto a responsabilidade de buscar informações e recursos para proporcionar uma vida melhor aos nossos filhos”, afirmou.
Ainda de acordo com Sarita, o evento tem o objetivo de levar capacitação e conscientização sobre o autismo, mas também arrecadar para investir em ações em prol da causa autista. “Ainda é preciso desmistificar muito sobre o autismo e a melhor forma é com estudo e consciência. O congresso vem exatamente neste sentido, para incentivar e colaborar com os avanços científicos”, disse.
Dados
O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição complexa que afeta o desenvolvimento neurológico e se manifesta de diferentes formas em cada indivíduo. Ele afeta a comunicação, a interação social e o comportamento.
Estima-se que haja 4 milhões de pessoas com TEA no Brasil - estimativa feita com base em dados do CDC ( Centers for Disease Control and Prevention) que dizem que 1 em cada 36 pessoas está no espectro do autismo nos Estados Unidos (2023).
No Brasil, o diagnóstico costuma ser feito tardiamente, em torno dos 3 a 6 anos de idade. Apesar de que os sinais, geralmente, já estão presentes por volta dos 18 meses. Identificar os sinais precoces direciona ao tratamento com antecedência, minimizando os impactos dos atrasos. A intervenção precoce e acompanhamento médico sistemático diminui não só o impacto dos transtornos como o atraso que aquela criança pode ter no diagnóstico.
Serviço:
Jornada do Autismo em Goiás - 1º Congresso Multidisciplinar baseado em evidências
Data: 1º e 2 de junho
Local: Centro de Convenções de Goiânia
Mais informações pelo número (62) 99820-6865
(FOTO: DIVULGAÇÃO)
