Para adicionar atalho: no Google Chrome, toque no ícone de três pontos, no canto superior direito da tela, e clique em "Adicionar à tela inicial". Finalize clicando em adicionar.
Nota exalta eleições no País vizinho | 30.07.24 - 08:56
Nicolás Maduro (Foto: divulgação) Brasília - Em meio à forte pressão internacional por transparência e as suspeitas sobre o processo eleitoral pelo qual o ditador Nicolás Maduro se declarou reeleito na Venezuela, o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota exaltando as eleições no País vizinho. Na publicação, feita no site do partido e assinada pela Executiva Nacional da legenda, o PT chamou o ditador de "presidente Nicolás Maduro, agora reeleito" e defendeu que ele "continue o diálogo com a oposição".
A ditadura chavista tem histórico de prisão de adversários políticos e alguns dos principais opositores de Maduro foram proibidos de concorrer. A divulgação do resultado das eleições, feita pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo governo Maduro, se deu sem que as atas de votação sejam divulgadas e com observadores eleitorais sendo barrados.
A postura gerou fortes repercussões internacionais e protestos nas ruas de Caracas e em várias outras regiões do país, sobretudo após pesquisas indicarem ampla vitória da oposição. Apesar disso, o PT chamou o processo de "uma jornada pacífica, democrática e soberana". A sigla ainda culpou as sanções internacionais, impostas em razão das ações autoritárias de Maduro, como responsáveis pelos "graves problemas da Venezuela".
Enquanto isso, o governo brasileiro tem dotado postura pouco crítica ao governo Maduro após a divulgação dos resultados. Enquanto Países como Estados Unidos, Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai reagiram fortemente e rapidamente, o Brasil adotou postura mais amena.
Nesta segunda-feira (29) o Itamaraty cobrou a divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Segundo o governo brasileiro, a publicização dos dados é "indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito".
Diferentemente da sigla, o Planalto evitou reconhecer Maduro como "presidente reeleito", embora sem fazer críticas diretas ao ditador, como fizeram outros países. Como revelou a Coluna do Estadão, diplomatas brasileiros, ao lado de representantes do governo colombiano e mexicano, articulam uma declaração conjunta cobrando a divulgação das atas eleitorais. Apenas com a análise dos documentos, o governo Lula vai decidir se vai reconhecer ou não a reeleição de Maduro. (Agência Estado)