A Redação
Goiânia - O cantor sertanejo Leonardo publicou vídeo, na tarde desta segunda-feira (7/10), no qual se pronuncia sobre a inclusão de seu nome na ''lista suja'' do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na publicação, o artista se diz surpreso em ver seu nome associado ao tema e diz e nega ter relação com o trabalho escravo. Ele afirma que a fazenda autuada estava arrendada para plantio de soja e que não tinha conhecimento sobre as condições dos trabalhadores que atuavam no local.
O artista foi incluído na lista pelo nome de batismo, Emival Eterno da Costa. A lista possui mais de 720 nomes, entre eles o do cantor. O documento também informa que seis trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão.
No vídeo, Leonardo afirma que pagou a multa lavrada pelo Ministério do Trabalho e que "tudo já foi acertado". "Até aí, a gente respeita o Ministério Público e tudo mais, mas essa multa para mim... A gente acertou tudo, inclusive já está arquivada. Já foi tudo acertado, pagamos a multa", afirmou. "Não conheço quem estava lá naquelas casinhas, nem quem os colocou lá, porque, gente, eu já plantei tomate. Eu sei como é a vida, é difícil, e do fundo do meu coração, jamais faria algo assim, entenderam?"
O cantor também diz que é contrário às práticas de trabalho escravo. "Acho que houve um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe quem eu sou e da idoneidade que eu tenho. Graças a Deus, isso foi a herança que meu pai e minha mãe me deixaram. Estou dizendo a vocês que eu não me misturo nessa lista, nessa lista de trabalho escravo. Sou totalmente contra esse tipo de coisa, entenderam? Totalmente contra. Muito obrigado e fica aquele abraço. Valeu, gente!"
Lista
A lista que expõe empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizada pelo governo federal nesta segunda-feira (7/10). Foram adicionadas ao cadastro 176 novas pessoas físicas (patrões) e jurídicas (empresas), sendo 20 deles por práticas de trabalho análogo à escravidão no âmbito doméstico. Agora, a relação conta com 727 nomes.