A Redação
Goiânia - O tiro que o 3º sargento Edson de Souza Júnior disparou contra o goleiro do Grêmio Anápolis, Ramon Souza dos Reis, foi caracterizado como crime de lesão corporal leve. A decisão foi da corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), que informou ainda o que representa isso, na prática: punição de três meses a um ano de detenção, além de quatro transgressões disciplinares no currículo do agente.
Ramon Souza ficou quase quatro meses sem jogar futebol após ter sido atingido pela bala de borracha disparada por Edson durante confusão na partida da 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano em julho passado.
Confusão
Segundo o jogador, uma "discussão de beira de campo" - comum no futebol, já estava encerrada quando o policial o empurrou e mandou que se afastasse, atirando contra sua coxa, logo em seguida. Em depoimento, Ramon ressaltou que o comportamento do agente foi violento desde que ele chegou ao local onde a confusão já havia se encerrado, esbarrando no ombro do goleiro.
"Nunca imaginei passar (por isso). A gente fica abalado psicologicamente. Eu estava no meu ambiente de trabalho, nunca imaginei que chegaria a esse ponto. Agora é continuar fazendo o que sempre faço, trabalhar para melhorar e voltar a jogar futebol quanto antes", falou Ramon em vídeo postado pelo Grêmio Anápolis nas redes sociais.
A mãe de Ramon, Carliane Alves de Souza, se manifestou na ocasião. "Os atletas não ofereciam nenhum risco à integridade física, nem mesmo entre eles. Não houve necessidade para uso desproporcional da força policial".
Tiro que PM disparou em goleiro do Grêmio Anápolis foi "lesão corporal leve", decide corregedoria da Polícia Militar. (Foto: Reprodução)
