A Redação
Goiânia - Nome à frente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de Goiânia, a vereadora Kátia Maria (PT) esteve, nesta quarta-feira (18/12), com o interventor Márcio de Paula Leite de quem cobrou ações emergenciais diante da grave crise na administração da saúde da capital.
Durante o encontro, a parlamentar entregou um relatório elaborado pela comissão e encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MPGO) em maio deste ano. Além disso, a vereadora solicitou informações sobre as medidas que estão sendo adotadas para reverter o cenário atual.
“Vim me apresentar e colocar a Comissão à disposição, mas também para conhecer o plano emergencial que está sendo implementado”, destacou Kátia. “Quando se trata de saúde, não existe situação e oposição. O foco deve ser o cuidado com a vida das pessoas. Quero contribuir, mas também fiscalizar e acompanhar as ações adotadas.”
Repasses
Além de entregar o relatório, Kátia cobrou explicações sobre os repasses financeiros às maternidades, ao Hospital Araújo Jorge, à Santa Casa e aos prestadores de serviço da rede municipal. A vereadora também apresentou um requerimento para solucionar a falta de limpeza em algumas unidades de saúde. “Em diversas unidades, os próprios servidores estão fazendo a limpeza, já que os funcionários da empresa terceirizada estão em greve”, relatou.
Outros problemas graves foram discutidos, como a falta de combustível, o atraso no pagamento do vale-refeição dos servidores da urgência e emergência desde julho e a precariedade na assistência hospitalar. “Queremos entender qual é o plano emergencial que está sendo executado e acompanhar sua aplicação na prática”, afirmou a parlamentar.
Márcio de Paula Leite forneceu respostas preliminares e comprometeu-se a encaminhar o plano emergencial à comissão assim que finalizado. Ele garantiu que os pagamentos às maternidades e hospitais estão sendo programados e que as dívidas com a empresa responsável pela limpeza e combustíveis serão regularizadas nos próximos dias.
“Infelizmente, a gestão da saúde em Goiânia chegou a esse ponto crítico, mesmo com os vários alertas que fizemos”, lamentou Kátia. “Saio dessa reunião ainda muito preocupada, porque não foi apresentado nada concreto, apenas respostas superficiais. Vamos aguardar o plano emergencial e continuar dialogando com maternidades, hospitais, servidores e prestadores de serviço para verificar se a intervenção está surtindo efeito e solucionando a crise.”
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