A Redação
Goiânia - Após uma carreira de 33 anos no Ministério Público de Goiás (MPGO), e um importante trabalho no campo da violência doméstica, Rúbian Corrêa Coutinho tomou posse, nesta segunda-feira (27/1), como procuradora de Justiça - titular da 22ª Procuradoria.
Promovida ao cargo em dezembro do ano passado, ela foi recebida pelo procurador-geral, Cyro Terra Peres. “Que lá no Tribunal de Justiça, onde a senhora vai atuar, que continue a levar essa nossa visão e ainda mais essa sua visão sensível, humana e preocupada com o resultado das causas pelas quais se destacou”, disse o magistrado durante a solenidade.
Destacando a atuação que abraçou nos últimos 16 anos, Rúbian Coutinho enfatizou os desafios de se enfrentar as desigualdades de gênero e combater a violência doméstica e familiar no Brasil, com números tão significativos de violência contra a mulher, citados por ela em sua fala.
“Assim, entendo, como diz o artigo 127, que a membra ou membro do Ministério Público deverá adotar uma atuação orientada por temas de inclusão e fortalecimento dos direitos dos vulneráveis, das minorias, trazendo destaque para essa temática tão latente e necessária no que se refere à efetividade dos direitos humanos”, pontuou.
Concluindo o discurso, a nova procuradora reforçou sua disposição de continuar a colaborar para construir um Ministério Público forte e reconhecido pela defesa dos interesses maiores da sociedade.
“Por todas as experiências vividas nessa instituição, brinco dizendo que estou curada da síndrome do retrovisor. E, olhando para a frente – ou seja, o presente e o futuro –, sinto que ainda tenho muito a contribuir para a sociedade e internamente no Ministério Público, agora atuando no segundo grau, como procuradora de Justiça, ladeada de sábios e sábias, valorosos e valorosas colegas procuradores de Justiça, com os quais irei aprender muito. Com a alma cheia de esperança e renovada, pretendo me esforçar ao máximo, igual aos tempos de início de carreira, para poder corresponder às expectativas, minhas e de todos”, declarou.
Representando o presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), Benedito Torres Neto, o promotor de Justiça Leandro Murata, vice-presidente da entidade, também ressaltou a referência que Rúbian Coutinho se tornou para a atuação institucional no âmbito do enfrentamento à violência doméstica.
Ele fez a leitura de um poema feito por uma mulher atendida pela promotora num caso de violência para dar a dimensão do acolhimento e da tão mencionada sensibilidade de Rúbian, classificada como um “anjo” por essa mulher. “Doutora Rúbian, que você continue a ser esse anjo iluminado, agora como procuradora de Justiça”, desejou.