A Redação
Goiânia - O Ministério Público de Goiás (MPGO) efetuou pagamentos que superam o teto constitucional do funcionalismo público em dezembro de 2024. Na ocasião, promotores e procuradores receberam até R$ 204 mil líquidos, valor mais de seis vezes superior ao limite de R$ 44 mil brutos ou R$ 32 mil líquidos. Esses montantes foram impulsionados por “verbas indenizatórias”, que não estão sujeitas ao abate-teto, mecanismo que deveria limitar supersalários.
Dos 457 servidores do MPGO listados na folha de pagamento de dezembro, 414 receberam mais de R$ 100 mil líquidos, e 90 ultrapassaram R$ 150 mil. O total desembolsado em “vantagens eventuais” no período chegou a R$ 28,1 milhões, conforme registrado no Portal da Transparência.
A situação de Goiás não é isolada. Em Santa Catarina, 29 procuradores e promotores receberam, cada um, mais de R$ 151 mil líquidos no mesmo período, devido a gratificações natalinas, indenizações de férias e folgas acumuladas.