Andressa Bueno
Goiânia - Visando a "regularização de pagamentos pendentes", o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) confirmou, nesta segunda-feira (17/2), a paralisação dos atendimentos realizados por médicos e odontólogos credenciados ao Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde), a partir das 7 horas desta terça-feira (18/2), por um período de 48 horas. Serviços de urgência e emergência do plano de saúde serão mantidos.
Fonte ouvida com exclusividade pelo jornal A Redação disse que há especialidades, por exemplo, que não recebem reajuste das consultas há 8 anos. Segundo apurou a reportagem, alguns pacientes também seguem sendo prejudicados, com a demora na liberação de medicamentos e a suspensão de assistência farmacêutica por parte do plano de saúde.
Conforme deliberação do sindicato, consultas e exames eletivos serão interrompidos até que haja um posicionamento concreto sobre os pagamentos dos honorários dos prestadores. O sindicato realiza, na noite desta segunda (17/2), uma assembleia on-line com seus membros para análise do movimento. A categoria tomou a decisão com base em reivindicações que, segundo a entidade, não foram atendidas pelos gestores responsáveis.
Ipasgo
A direção do Ipasgo Saúde afirmou que foi surpreendida pelo anúncio de paralisação do grupo de médicos e odontólogos e que não houve comunicação prévia à instituição, o que fere regras contratuais. O plano ainda reitera que os profissionais são autônomos e de instituições independentes, que atendem aos beneficiários com base em contratos de credenciamento, não tendo vínculo empregatício direto.
"O Ipasgo Saúde nunca foi procurado ou recebeu um documento oficial do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) para tratar de pauta reivindicatória e desconhece qualquer falta de pagamento à rede credenciada, uma informação que tomou conhecimento por meio da imprensa" afirma a instituição.
O plano de saúde ainda informa que a instituição pode provar que, desde setembto de 2024, repassou aos prestadores cerca de R$1 bilhão. Ele reitera que de 31 de janeiro a 14 de fevereiro de 2025, os profissionais que atendem os beneficiários receberam R$18,2 milhões. "Caso, de forma excepcional, algum prestador identifique pendências, essas devem ser formalmente comunicadas para que o Ipasgo Saúde possa apurar e adotar, com celeridade, as providências cabíveis", solicita.
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