A Redação
Goiânia - A Sicoob Nova Central e a Central Sicoob Uni lançaram, nesta segunda-feira (17/2), o Fundo de Investimento Imobiliário (FINU). O evento foi realizado na sede do Sistema OCB/GO, em Goiânia, e, além de impulsionar o mercado imobiliário, a iniciativa visa viabilizar a entrega da sonhada casa própria com valores mais acessíveis, proporcionando ainda a geração de empregos no segmento.
Os recursos financeiros somam R$ 100 milhões e serão disponibilizados em todas as cooperativas filiadas à Central Sicoob Uni e ao Sicoob Nova Central, que atendem em todas as regiões do Brasil.
Com as taxas de juros elevadas e o acesso ao crédito imobiliário mais restrito, a captação de recursos para viabilizar a construção de moradias tem se tornado um dos principais desafios do setor. Diante desse cenário, o novo fundo busca oferecer uma alternativa para fomentar o mercado habitacional, fortalecendo o papel das cooperativas de crédito como agentes de desenvolvimento econômico e social.
Para Marcelo Baiocchi Carneiro, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Nova Central, o lançamento do fundo ocorre em um momento estratégico. "O mercado imobiliário gera muito emprego e trabalha em cima do fomento. A gente precisa de recursos para poder movimentar. Então o fundo imobiliário tem o objetivo de fazer este incremento dentro da construção civil, dentro do empreendimento de loteamento, e assim garantir que novos produtos sejam lançados'', afirmou Marcelo Baiocchi.
Baiocchi ainda acredita que a taxa de juros atual inviabiliza alguns empreendimentos. ''O fundo oferece dinheiro com um custo menor e com a garantia de que o recurso sairá no tempo certo. É uma parceria onde o empreendedor e o fundo vão dividir o risco e o resultado do empreendimento'', afirmou.
Argemiro Mendonça, vice-presidente da Central Sicoob Uni, destaca que, com o novo fundo, as cooperativas podem ter mais oportunidades para alavancar empreendimentos em diversas regiões do país. Sobre o cenário atual, ele concorda que os juros altos atrapalham. Argemiro avalia que o cenário do setor em 2024 foi altamente positivo e com ótimos números. Porém, para ele, este ano será mais desafiador. ''Nós estamos entrando no cenário de 2025, que se apresenta como muito difícil, porque estamos com juros altos, o que é um obstáculo para um setor que precisa tanto do capital para financiar''.
Marcelo Baiocchi e Argemiro Mendonça (Foto: Taíssa Queiroz)
