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Investigação

Proprietários da clínica Karine Gouveia Estética são presos em Goiânia

Eles haviam sido soltos em fevereiro | 12.03.25 - 10:35 Proprietários da clínica Karine Gouveia Estética são presos em Goiânia Karine e Paulo César (Foto: reprodução/redes sociais)A Redação
 
Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu preventivamente nesta quarta (12/3) os proprietários da clínica Karine Gouveia Estética (KGE), Karine Gouveia Silva e Paulo César Gonçalves, em Goiânia. O delegado responsável pela investigação, Daniel José de Oliveira, explica que a decisão pela prisão preventiva dos suspeitos foi justificada pela investigação apontar “uma grande possibilidade de que clientes daquela clínica que realizaram procedimentos de preenchimento facial entre março de 2018 e março de 2019 possam ter sido injetados com óleo de silicone”, uma substância proibida e que pode causar deformidades permanentes, necroses, infecções graves e outras complicações de saúde, afirma o policial.
 
A polícia orienta que clientes que fizeram esse tipo de procedimento na época devem procurar atendimento médico para realizar exames e conferir se não foram injetados com a substância indevida. Caso a irregularidade seja detectada, o cliente deve entrar em contato com a 4ª Delegacia Distrital de Goiânia, que conduz o inquérito.
 
A ordem judicial, expedida pela, indicou a gravidade dos casos de procedimentos estéticos de alto risco que teriam sido realizados na clínica de forma indevida e supostamente com o uso destas substâncias, além da comercialização ilegal de medicamentos e produtos proibidos pela Anvisa. Além disso, “as provas indicam que os investigados usaram diversas manobras para embaralhar as investigações, além do desrespeito às decisões judiciais anteriores”, completa o delegado.
 
Os dois investigados haviam sido presos no dia 18 de dezembro e foram soltos no dia 8 de fevereiro. A investigação foi deflagrada no final de 2024 após mais de 70 pacientes procurarem a polícia por terem sofrido lesões após os procedimentos.
 
Relembro o caso
A investigação da Polícia Civil começou em fevereiro de 2024 e desde então foram reunidas dezenas de denúncias. Pesam contra os investigados o fato de que a dona da clínica não possui formação na área da saúde. As duas unidades da clínica, em Goiânia e Anápolis, foram fechadas pela Vigilância Sanitária.
 
Entre as acusações da polícia estão formação de organização criminosa; falsificação de produtos terapêuticos; lesões corporais gravíssimas; exercício ilegal da medicina; estelionato e outros crimes relacionados à prática de procedimentos estéticos e cirúrgicos sem a devida qualificação técnica e autorização legal.
 
Segundo a PCGO, os investigados agiam de forma organizada e hierárquica, com a utilização de estratégias de marketing agressivas e a participação de profissionais sem a qualificação necessária para realizar os procedimentos oferecidos.

O jornal A Redação fez contato com a defesa dos investigados. “Essa prisão é mais um abuso que está sendo praticado pela polícia. A polícia cria narrativas a todo momento, a toda hora. É um verdadeiro show de horrores”, disse o advogado Tito Amaral, que integra a equipe de defesa do casal.  “São fantasias criadas pela polícia e que o Poder Judiciário e o Ministério Público estão acreditando, sem apoio, sem amparo em nenhum documento, em nenhum elemento de prova”.
 
O advogado afirma que serão tomadas as medidas judiciais cabíveis e que entrarão com o pedido de habeas corpus para a revogação da prisão, que Amaral classificou como “ilegal”.
 
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