A Redação
Goiânia - O Diretório do PSDB em Goiás protocolou, em dezembro do ano passado, junto ao Tribunal de Justiça (TJGO), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para derrubar a Taxa de Limpeza Pública em Goiânia, conhecida popularmente como: Taxa do Lixo. Nesta quinta-feira (3/4), o pedido, liminar, de suspensão da cobrança do tributo foi negado. Cabe recurso.
Segundo o desembargador Carlos Alberto França, o TJGO vai se aprofundar na avaliação da cobrança, que passa a valer a partir de junho, diretamente na conta de água do goianiense. O valor será calculado com base na metragem dos imóveis e a previsão da Prefeitura de Goiânia é arrecadar cerca de R$ 270 milhões por ano – o que representa aproximadamente R$ 23 milhões por mês – para custear os serviços de limpeza urbana.
Relembre
Na ocasião, a ADI foi articulada pela vereadora Aava Santiago que apontou como ilegais termos como a ausência de estudos técnicos para justificar os valores.
“Essa taxa foi criada sem estudos de impacto e deixa brechas preocupantes, como a falta de garantias ao contribuinte caso o serviço não seja prestado”, disse a parlamentar na época.
Aava também frisou, na época, a falta de cláusulas que assegurem a destinação dos recursos à finalidade específica ou a penalidades para falhas na prestação do serviço reforça o caráter arbitrário da taxa. "Nossa tese é de que Taxa de Limpeza Pública foi criada sem responsabilidade técnica, com valores desproporcionais e injustos, penalizando a população de Goiânia pelo gasto desenfreado do dinheiro público que eles fizeram por quatro anos. A crise na limpeza urbana não pode servir de desculpa para uma arrecadação abusiva que não garante melhorias reais na coleta", completa.