A Redação
Goiânia - Em um processo eleitoral marcado pela ampla participação social, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), por meio de seu Conselho Superior, reelegeu nesta terça-feira (8/4), por unanimidade, Ângela Cristina dos Santos Ferreira como ouvidora-geral da Instituição. A sessão pública foi realizada no Auditório do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). Também integraram a lista tríplice os candidatos Kannandra Nobre e Eduardo de Oliveira Silva, que concorreram ao cargo na última etapa do pleito, referente ao biênio 2025/2027.
Em discurso, o defensor público-geral, Tiago Gregório Fernandes, destacou que cada um dos candidatos deixou claro que exercem em suas vidas um papel de ouvidor independente e frisou a importância do processo eleitoral que se encerrou nesta terça-feira. “A Defensoria sai muito vitoriosa desse processo eleitoral. Tivemos um número muito significativo de participações de candidatos e de movimentos sociais”, destacou.
“Minha vida é coletiva”. Foi com essa fala que a ouvidora-geral reeleita Ângela Cristina resumiu sua dedicação aos movimentos sociais e às lutas das populações que vivem em vulnerabilidade.
“A participação das organizações populares nesse processo eleitoral é uma prova real de democracia participativa. E os movimentos estão respondendo que acreditam nessa instituição pública de acesso à justiça. Não é algo simples. São quase 100 organizações participando de um processo para escolher uma pessoa de um mandato. Mas não é sobre um mandato. São sonhos, lutas, pautas e são atuações de defesa de direitos humanos e eu me comprometo a ser essa ponte entre os movimentos e as instituições”, frisou Ângela.
Processo eleitoral
Com uma participação expressiva e histórica, oito pessoas defenderam suas candidaturas em sessão pública realizada no dia 17 de março. Na ocasião, o colégio eleitoral formado por 73 entidades sociais definiu os três nomes da lista tríplice encaminhada ao Conselho Superior da DPE-GO. Ângela Cristina recebeu 69 votos, seguida por Kannandra, com quatro votos, e Eduardo, com três votos. A etapa representou um marco importante dentro da Instituição: a relação construída com movimentos sociais.
Na sessão pública, o presidente da Comissão Eleitoral, coordenador do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH/DPE-GO), defensor público Tairo Esperança, afirmou que “a Defensoria Pública é a única instituição do sistema de justiça elege uma ouvidora ou ouvidor-geral por meio da votação com representantes da sociedade civil. Por isso, é muito importante estar próximo aos movimentos sociais que vão auxiliar na atuação da Instituição nos próximos anos”.
Já na reunião extraordinária do CSDP, que aconteceu nesta manhã, os integrantes da lista tríplice tiveram a oportunidade de defender suas candidaturas por 15 minutos. O segundo momento foi marcado por uma sabatina, onde cada candidato teve mais 15 minutos para responder às perguntas das conselheiras e conselheiros da DPE-GO. Finalizados os questionamentos, a ouvidora-geral foi conhecida por meio de votação aberta, mediante voto direto, nominal e fundamentado.
Participaram da votação os membros natos do CSDP, a subdefensora pública-geral para Assuntos Administrativos, Mayara Braga, o subdefensor público-geral Assuntos Institucionais, Allan Montoni Joos, e o corregedor-geral, defensor público Márcio Rosa Moreira, além dos conselheiros eleitos defensores públicos Rafael Mourthé Starling Terra Santos, Jordão Mansur Pinheiro, Ludmila Fernandes Mendonça, Hélvio Lopes Pereira Júnior, Philipe Arapian e Thiago Igor de Paula Souza.