A Redação
Goiânia - A Secretaria de Controle Externo de Políticas Públicas do Tribunal de Contas do Minicípios (TCMGO) divulgou, nesta semana, um relatório que apresenta o cenário atual da rede pública de saúde de Goiânia. Em visitas realizadas a 81 unidades de atenção básica e 13 unidades de urgência e emergência, a equipe técnica identificou graves deficiências que comprometem diretamente o acesso e o atendimento da população.
O levantamento, executado nos primeiros 100 dias da atual gestão (2025–2028), mapeou problemas estruturais, falta de profissionais, carência de medicamentos, equipamentos em desuso e salas de vacinação desativadas ou com funcionamento deficitário. Confira os principais achados do relatório:
· 67,9% das unidades básicas não possuem gestor nomeado, prejudicando a coordenação dos serviços;
· Mais de 80% das unidades relatam desabastecimento de medicamentos essenciais, como antibióticos, analgésicos e psicotrópicos;
· Salas de vacinação em 76% das unidades não têm estratégia de substituição em caso de falta de profissionais, resultando em fechamento temporário;
· Ar-condicionado, cadeiras odontológicas e autoclaves sem funcionamento adequado em dezenas de unidades;
· Estrutura física com infiltrações, forros danificados, banheiros inoperantes e acessibilidade negligenciada;
· Mais de 90% dos trabalhadores relatam sensação de insegurança no ambiente profissional.
Com base nas evidências coletadas, a Secretaria propôs um Plano de Ação, pendente de homologação pelo tribunal, com prazos para que a Secretaria Municipal de Saúde apresente soluções e inicie correções estruturais e operacionais. A proposta visa restaurar as condições de atendimento nas unidades e assegurar que a população receba o cuidado de que necessita.
Segundo o Secretário de Controle Externo de Políticas Públicas, Marco Aurélio Batista de Sousa: “Nosso papel é garantir que a fiscalização se traduza em melhorias reais para os cidadãos. A saúde pública precisa ser um espaço de confiança, segurança e dignidade.”